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PT aciona Alexandre de Moraes contra uso da PF e da PRF para favorecer Bolsonaro

Campanha petista afirma ter recebido denúncias de que as corporações estariam sendo instrumentalizadas pelo governo para fazer operações com 'objetivo eleitoral'

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O deputado federal Paulo Teixeira (PT), que integra a coordenação da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma notícia de fato para que sejam tomadas providências a fim de impedir a atuação da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em favor da campanha de Jair Bolsonaro (PL).

Os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no debate desta sexta-feira (28) - Sérgio Zalis/TV Globo

Na noite de sexta (28), Gleisi Hoffmann, presidente do PT, escreveu no Twitter que a campanha petista recebeu denúncias de que as duas corporações estariam sendo instrumentalizadas pelo governo para fazer operações com "objetivo eleitoral". "Diante de quem nunca hesitou em usar o Estado contra adversários, estamos pedindo providências ao TSE, em nome da lisura da eleição", afirmou ela.

Uma postagem do ministro da Justiça, Anderson Torres, reforçou as suspeitas de que a máquina policial bolsonarista saíra em campo visando prejudicar o PT.

Neste sábado (29), em publicação no Twitter, o ministro afirmou que a pasta fará uma grande operação para evitar crimes eleitorais que envolverá a integração de 10 mil policiais federais com cerca de 500 mil agentes das forças de segurança estaduais. "As polícias do Brasil estão preparadas para dar essa segurança, mas vamos fazer o controle de tudo isso através do Centro Integrado de Comando e Controle, aqui de Brasília", disse ele em vídeo.

A ação apresentada pelo PT cita também reportagens veiculadas na imprensa que indicariam o aparelhamento da PF e da PRF. Uma delas, publicada no UOL na sexta (28), noticia que o Ministério Público Eleitoral (MPE) abriu apuração preliminar sobre suposto uso eleitoral da PRF a favor da reeleição de Bolsonaro. A medida foi tomada após a corporação instaurar processo contra um servidor que declarou voto em Lula.

Outra reportagem citada na representação petista é da CNN Brasil que afirma que o Ministério Público Federal apura indícios de utilização eleitoral da PRF.

Também faz parte da ação notícia dada pela coluna, em 12 de outubro, sobre informação recebida por dirigentes do partido a respeito de uma nova operação da PF que poderia atingir aliados de Lula a poucos dias do segundo turno das eleições presidenciais.

"As diversas notícias recentes, dando conta de um suposto aparelhamento da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal, em ações concertadas para beneficiar o candidato Bolsonaro, adquire contornos deveras sensíveis, notadamente em vista dos anúncios públicos a respeito da realização de operações em regiões historicamente favoráveis ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva", diz trecho da representação feita ao TSE pela campanha petista.

Como exemplo, é apresentada uma notícia do G1 sobre operação especial que a PRF vai fazer nas estradas federais que cortam a Bahia para o segundo turno. No estado, Lula teve 69,73% dos votos válidos no primeiro turno, contra 24,31% de Bolsonaro.

"É necessário registrar que toda essa ambiência, síncrona ao calendário eleitoral, insere-se em um estratagema levado à efeito pela campanha do candidato Bolsonaro 'com a finalidade de tumultuar o segundo turno', como foi recentemente constatado por essa corte", afirma a campanha petista.

O trecho se refere à frase do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, ao rejeitar a ação apresentada pela campanha de Bolsonaro sobre suposto boicote de rádios na veiculação da propaganda eleitoral. Para Moraes, a ação do presidente foi uma tentativa de tumultuar a eleição.

"[...] Em considerações as diversas ações curso acima historiadas, requer-se, respeitosamente, que sejam adotadas as providências cabíveis [...] a fim de efetivamente verificar e obstar a atuação instrumentalizada da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal voltada a eventualmente interferir no processo eleitoral", solicita a ação da campanha de Lula.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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