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Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Lula fala em melhorar a segurança pública na Amazônia ao ser abordado na COP27

Presidente eleito recebeu documento com 93 propostas para o tema

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em conversa com a presidente do Instituto Igarapé e colunista da Folha, Ilona Szabó, que o enfrentamento a crimes ambientais na Amazônia e o aprimoramento da segurança pública na região estão entre as prioridades do governo eleito.

Lula sorri entre público com painel escrito 'amazônia legal' ao fundo
Lula no estande de governos da Amazônia Legal na COP27, no Egito - Joseph Eid - 16.nov.2022/AFP

O diálogo entre os dois ocorreu em Sharm el-Sheikh, no Egito, onde é realizada a COP27, conferência do clima da ONU. A ponte entre eles foi feita pela ex-ministra e deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP). "Ele disse com todas as letras que tem como prioridade enfrentar o crime ambiental", afirma Szabó.

Durante o breve encontro, a presidente do Instituto Igarapé entregou a Lula um documento que reúne 93 propostas para fortalecer a segurança pública e a segurança climática na Amazônia. O material foi produzido em parceria com o Fórum de Segurança Pública e com o Centro Soberania e Clima.

Ações de prevenção à violência, responsabilização por crimes ambientais e fortalecimento das forças policiais são algumas das recomendações sugeridas ao petista.

"Governança, enfrentamento ao crime ambiental e ao crime organizado devem estar no topo da agenda pública. O Estado de Direito vai nos permitir entregar as metas da agenda climática que precisamos tanto alcançar", diz Szabó.

O relatório afirma que a região amazônica tem sido marcada pela explosão de crimes como o de mineração ilegal, extração ilegal de madeira, grilagem, corrupção, fraudes, tráfico e violência —e destaca a ameaça que eles representam aos que ali vivem.

Ilona Szabó entrega ao presidente eleito Lula o documento "Governar para Não Entregar", na COP27, no Egito - Arquivo pessoal

"Comunidades são intimidadas, ameaçadas e sofrem diferentes graus violências que só ganham repercussão quando um episódio de grande gravidade, como um assassinato, acontece. Foi assim com Chico Mendes, com a irmã Dorothy Stang e com Bruno Pereira e Dom Philips, defensores ambientais que foram mortos por denunciarem ilegalidades", diz o documento.

"Apenas em 2021, a Amazônia concentrou mais de 50% dos conflitos por terra no Brasil e 90% das mortes de ativistas ambientais no país. Oito em cada dez defensoras de direitos humanos e do meio ambiente na Amazônia brasileira ouvidas pelo Instituto Igarapé, em 2021, relataram já terem sofrido violência", acrescenta.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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