O senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR) foi novamente acionado na Justiça por um trompetista que diz ter sofrido danos morais e prejuízos financeiros após ter sua imagem exposta, sem autorização, em uma propaganda eleitoral do ex-juiz. O artista acusa Moro de descumprir decisão judicial e de mentir perante a Justiça.
RAIZ
Apoiador do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o músico Reinaldo Soares Neto se apresenta nas ruas de Curitiba. Cenas dele tocando trompete foram incluídas em uma peça veiculada por Moro, que exibia imagens feitas na capital paranaense e identificava o ex-ministro da Justiça como "bicho do Paraná, legítimo pé vermelho de Maringá".
CUMPRA-SE
Em junho deste ano, a 6ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do PR determinou que a propaganda fosse excluída das redes sociais e deixasse de ser exibida em convenções partidárias ou em qualquer outro evento presencial.
NO AR
Apesar da decisão, Moro manteve a peça disponível em seu perfil no Facebook até setembro deste ano. Por causa do descumprimento, ele foi condenado a pagar uma multa de R$ 10 mil. A ação principal, por danos morais, ainda não teve seu julgamento encerrado e está aberta a eventuais recursos e contestações.
NO AR 2
Na semana passada, porém, a defesa do trompetista identificou que o vídeo ainda pode ser visto por meio do Instagram do senador eleito.
LIÇÃO
"Ao que parece, o limitador de multa no valor de R$ 10 mil não foi suficientemente pedagógico a ponto de coibir o réu de seguir descumprindo a decisão liminar e mentir em juízo", afirma a advogada do artista, Tânia Mara Mandarino, em contestação à Justiça.
LIÇÃO 2
Ela pede que Moro seja condenado por ato atentatório à dignidade da Justiça e por litigância de má-fé (quando há intenção de enganar o Judiciário). Procurada, a defesa do ex-juiz não respondeu até a conclusão desta edição.
EXAGERO
Ao contestar a indenização por danos morais solicitada pelo trompetista, os advogados Luis Felipe Cunha, suplente eleito do ex-juiz, e Bruno Roberto Vosgera classificaram o pedido como "absurdo" e afirmaram que o artista não provou os prejuízos gerados pela propaganda.
EXAGERO 2
"Eventual grau de culpabilidade do agente [Moro] é mínimo, uma vez que a imagem do autor apareceu no vídeo por menos de 2 segundos, sendo capturada em local público, bem como não havia qualquer conhecimento de que o autor possuía linha político-ideológica diversa do autor", disseram em contestação.
TUDO CERTO
"Não houve vulneração da intimidade, da vida privada ou de qualquer contexto minimamente tolerável, até porque o vídeo mostra o próprio autor em apresentação pública em praça", seguiram.
CACHÊ
O músico, por sua vez, relatou ao Tribunal de Justiça que chegou a ser questionado "se trocou suas convicções por um cachê" e que passou a ser olhado "com desconfiança por donos de bares onde era chamado para tocar".
NA PISTA
O presidente do GP de São Paulo de Fórmula 1, Alan Adler, recebeu o ex-governador João Doria no Baile de Gala Experience, realizado no Palácio Tangará, em São Paulo. O evento, que ocorreu na quinta-feira (10), antecedeu o torneio no autódromo de Interlagos deste final de semana. A apresentadora Luciana Gimenez, o ex-BBB Paulo André, o funkeiro Mc L7 e o surfista Italo Ferreira estiveram lá.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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