Mônica Bergamo

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Ministério Público é acionado contra sites que teriam coletado dados de crianças e adolescentes

Denúncia de deputado tem como base relatório da Human Rights Watch; secretarias de educação de SP e MG negam vazamento de informações

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O deputado estadual paulista Guilherme Cortez (PSOL) acionou o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para que o órgão investigue sites de educação que estariam coletando informações de crianças e adolescentes.

A denúncia tem como base uma investigação da Human Rights Watch, divulgada nesta semana. Ao todo, a organização apontou oito sites que supostamente extraíram e enviaram dados de crianças e adolescentes para empresas terceirizadas, usando tecnologias de rastreamento para publicidade.

Alunos de colégio em São Paulo têm aula remota - Mathilde Missioneiro/Folhapress

Os sites são: Estude em Casa, Centro de Mídias da Educação de São Paulo, Descomplica, Escola Mais, Explicaê, MangaHigh, Stoodi e Revisa Enem.

A investigação foi conduzida pela Human Rights Watch em novembro de 2022 e revisada em janeiro deste ano. De todos os portais analisados, dois foram criados e usados pelas secretarias estaduais de Educação de São Paulo e de Minas Gerais.

O Estude em Casa, desenvolvido pela pasta mineira e usado para oferecer ensino durante a pandemia por meio de videoaulas, supostamente coletava e enviava as informações por meio de tecnologia de rastreamento.

Ainda segundo a ONG, o Centro de Mídias da Educação de São Paulo, desenvolvido pela secretaria paulista, que também oferecia aulas durante a crise sanitária, utilizava quatro rastreadores de anúncios para enviar dados a duas empresas terceirizadas.

No pedido enviado ao MP-SP, o deputado Guilherme Cortez diz que há possível violação da Constituição, do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei Geral de Proteção deDados Pessoais (LGPD).

Procurada, a secretaria estadual de São Paulo diz, em nota, que "não repassou qualquer dado ou informação de alunos ou servidores para empresas de publicidade, cumpre integralmente a Lei Geral de Proteção de Dados e preza pela segurança das informações de seus estudantes e servidores"

A pasta ainda afirma que a atual gestão não mantém mais nenhuma relação com as plataformas citadas, sendo que todos os contratos foram encerrados em 2021 e 2022, além de que todos os aplicativos que firmam parcerias com a secretaria são obrigados a assinar um acordo de confidencialidade.

A secretaria de Minas Gerais também diz que o site Estude em Casa, desenvolvido pela pasta, "não utiliza e nem coleta dados de alunos, pois não exige nenhum tipo de login para acesso à plataforma".

"Além disso, constantemente são realizadas criteriosas análises técnicas, rastreamentos e adequações, caso necessário, nas plataformas online utilizadas pela pasta. Todo esse processo é realizado em diálogo com a Human Rights Watch", segue a nota.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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