Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Gugu disse à Playboy que era fascinado por 'orientais' porque eram 'femininas e cheirosas'

Na reportagem, publicada em 1984, Gugu revela que iniciou a vida sexual aos 14 anos

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O site Inside Playboy Brasil, dirigido a admiradores da revista Playboy e que se notabilizou por recuperar edições raras da publicação, postou nesta semana uma entrevista antiga concedida por Gugu Liberato à revista.

Gugu em foto para a revista Playboy, de julho de 1984
Gugu Liberato em ensaio fotográfico para a revista Playboy, em 1984; o apresentador aparece abraçado a suas assistentes de palco do programa Viva a Noite (SBT). A mulher à direita é Rose Miriam, que viria a ser mãe dos filhos de Gugu e hoje briga para ter a sua união estável reconhecida pela Justiça - @insideplayboybrasil no Instagram

Nela, o apresentador revela que se relacionou sexualmente pela primeira vez aos 14 anos, disse que gostava "mesmo" de sexo e que era "fascinado por garotas orientais", pois elas eram "bem femininas e cheirosas".

"Elas sabem como ninguém fazer um homem se sentir um verdadeiro rei", afirmou.

Em julho de 1984, quando a conversa com o jornalista Osmar Mendes Júnior foi publicada pela Playboy, Gugu tinha 25 anos e chamava a atenção por sua ascensão meteórica na televisão.

Ele dizia ter dois apartamentos, um automóvel Monza do ano e "dinheiro no open market". Afirmava que se preocupava com dinheiro pensando no dia em que não "seria mais interessante para a televisão".

A foto que ilustra a reportagem, de Luís Crispino, mostra Gugu abraçado a duas mulheres de maiô azul, traje usado pelas assistentes de palco do programa Viva a Noite, que era apresentado por ele no SBT. (Leia a íntegra da reportagem aqui).

A mulher à direita na imagem é Rose Miriam, que viria a ser a mãe dos três filhos do apresentador. Rose foi assistente de palco de Gugu. Os dois se envolveram amorosamente, pela primeira vez, nesta época.

Gugu morreu em novembro de 2019. Desde então, teve a sua vida pessoal devassada.

Na entrevista para a Playboy, Gugu demonstrou certa timidez ao responder uma pergunta sobre sexo. Ficou "vermelho de vergonha" e disse que era um "sujeito normal". "Quero dizer [encabulado], eu acho que o sexo é uma coisa tão íntima que qualquer coisa que se faça com ele é normal. Tenho, porém, algumas manias. Por exemplo: não gosto de transar pela manhã."

Afirmou também que era muito "curioso pelo assunto" e que, quando viajava para fora do país, sempre dava uma "espiada nas sex shops" para ver se descobria alguma novidade.

Gugu negou que não tivesse tempo para o amor. "Está certo que tenho o dia todo tomado por compromissos ligados à minha profissão e que durmo apenas seis horas por noite. Mas para o sexo sempre sobra tempo", afirmou.

Na sequência, ele ponderou que as coisas tinham se tornado um "pouco mais complicadas" por ter ficado famoso. "É preciso selecionar um pouco mais. É preciso estar alerta sempre para não correr certos riscos", disse.

"Eu faço sexo desde os 14 anos —comecei com uma vizinha, mas não espalha, por favor— e gosto muito. Gosto mesmo. Por isso, pelo menos umas duas vezes por semana dou um jeito de arranjar um tempinho", completou.

O comerciante Ricardo Rocha, que entrou com uma ação pedindo investigação de paternidade "post mortem" contra Gugu, nasceu em outubro de 1974, quando o apresentador tinha 15 anos.

Foto do perfil no Instagram de Ricardo Rocha, que diz ser filho de Gugu - ricardo_upmotors no Instagram

Segundo a ação, a mãe de Ricardo teria conhecido o comunicador no segundo semestre de 1973, "em uma padaria que existia na rua Aimberê, nº 458, bairro de Perdizes, nesta capital".

A petição informa que "a genitora" trabalhava como babá e empregada doméstica "na residência de uma família nipônica" que morava ao lado da panificadora.

Ela ia diariamente à padaria, "oportunidade em que se encontrava com Antonio Augusto [Gugu] que, muito comunicativo, a flertava e, com o passar do tempo houve a evolução da amizade, alguns passeios, culminando em relacionamento íntimo entre eles".

Na entrevista para a Playboy, que foi publicada dez anos depois do nascimento de Rocha, Gugu falou, de forma hiperssexualizada, sobre a sua atração por mulheres asiáticas.

"Tive várias namoradas nisseis. Acho superexcitante aquele jeitinho meigo delas, aquele ar de quem quer ser protegida. Gosto de mulheres bem femininas e cheirosas. As orientais são sempre assim."

Ele afirmou também que era "mentira" a informação que quase tinha sido obrigado a se casar no Japão, "acusado de ter deflorado uma recepcionista".

"O que aconteceu no Japão foi que eu fiquei atraído por uma garota japonesa. Tivemos um rápido caso, que terminou quando vim embora. Mas foi fulminante. Quase que a menina vem comigo para o Brasil", afirmou ele à publicação.

Ao ser indagado sobre o seu tipo de mulher, ele citou a então atriz Suzane Carvalho e Cátia Pedrosa (1963-2018), que tinha vencido o concurso Miss Brasil em 1983. "Talvez por causa dos olhinhos puxados dela [de Cátia]".

Disse ainda que se "casaria com as duas, lógico".

Já sobre as "loirinhas" que o ajudavam no programa Viva a Noite, Gugu afirmou que elas eram muito "simpáticas e interessantes", mas que nunca tinha saído com elas. "Eu não quero me envolver com ninguém do meio. Só dá confusão", afirmou.

Rose Miriam, que foi assistente de palco de Gugu e aparece na foto que ilustra a matéria da Playboy, briga na justiça para ter reconhecida a sua união estável com ele. Na esteira do processo movido por ela, surgiu um suposto namorado, o chef Thiago Salvático, que reivindica uma parte da herança, e também o suposto filho.

O patrimônio deixado pelo apresentador é avaliado em R$ 1 bilhão.

Rose afirma que ela e Gugu formaram uma família e que viviam como um casal, inclusive se relacionando sexualmente.

Uma carta foi apensada à ação para provar que ele não se relacionava sexualmente com Rose Miriam nem a considerava sua mulher. No texto, escrito à mão, a médica otorrinolaringologista diz que sabia que o apresentador se "encontrava com alguns rapazes" e que a sexualidade dele seria um "problema".

Na entrevista de 1984, a Playboy descreve Gugu como "dono de uma das mais rápidas, felizes e rendosas carreiras dentro do panorama artístico brasileiro".

A reportagem afirma também que o apresentador era um dos mais requisitados para animar festas dos milionários em São Paulo e no Rio. Em uma delas, Gugu contou que topou animar a plateia em um leilão de peças íntimas feito pela atriz Matilde Mastrangi.

"Andaram dizendo por aí que eu fiz até uma cena de ciúmes por ela ter roubado o espetáculo e que, no fim, acabei arrematando a calcinha dela. Tudo fofoca. Não fiquei enciumado em nenhum momento e quem acabou ficando com a calcinha dela foi um outro louro, publicitário, dono de uma grande agência aqui de São Paulo", disse.

Na entrevista, Gugu dizia ainda que ganhava "um salário razoável" na televisão, mas afirmava que a sua maior fonte de renda era o rádio —ele tinha dois programas diários em diferentes emissoras.

Ele também afirmava que tinha rendimentos de duas empresas, a Promoart, de shows e propaganda, e a Gugu Representações, que comercializava a sua imagem.

"Como sou um rapaz de origem humilde, sei valorizar o que ganho", afirmou.


PULA FOGUEIRA

O historiador Leandro Karnal e seu namorado, o cantor Vitor Fadul, participaram do "Arraiá da Way", da agência Way Model, realizado na Casa das Caldeiras, em São Paulo, na semana passada. As modelos Caroline Trentini e Anabela Santos estiveram lá. O fundador da São Paulo Fashion Week, Paulo Borges, e seu namorado, o modelo Fernando Schnerocke, também compareceram.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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