O grupo + Mulheres, formado por profissionais do audiovisual como a produtora Debora Ivanov e as cineastas Tata Amaral e Laís Bodanzky, irá divulgar uma carta em que questiona a falta de filmes dirigidos por diretoras na pré-seleção de obras que podem concorrer ao Oscar.
A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais anunciou na segunda-feira (28) a lista dos longas que tentarão uma indicação para representar o Brasil na disputa por uma indicação ao Oscar de melhor filme internacional ️em 2024.
"Entre os 28 filmes indicados, seis são dirigidos por mulheres (cerca de 21% da lista). Esperamos que os membros da comissão de seleção [...] vejam com atenção a alta qualidade dos filmes dirigidos por elas", diz o manifesto.
"A representatividade não trata apenas de números, mas de dar voz às histórias, perspectivas e vivências das mulheres. Quando as mulheres estão envolvidas na criação de filmes, elas trazem uma riqueza de nuances e dimensões às narrativas", afirma ainda.
O texto pontua que, desde 1961, primeiro ano que o Brasil indicou um filme para concorrer à vaga de melhor filme estrangeiro, apenas três eram de realizadoras mulheres, contra 49 feitos por homens. Por fim, o grupo diz que espera "ver uma mulher na indicação do Brasil" ao Oscar.
A lista da Academia inclui filmes como o documentário "Retratos Fantasmas", de Kleber Mendonça Filho, e "Angela", de Hugo Prata, com Isis Valverde no papel de Ângela Diniz.
Os seis longas dirigidos por mulheres são: "Regra 34", de Julia Murat, "Medusa", de Anita Rocha da Silveira, "Pedágio", de Carolina Markowicz, "Perdida", de Luiza Shelling Tubaldini, "A Primeira Morte de Joana", de Cristiane Oliveira, e "Raquel 1:1", de Mariana Bastos.
A comissão de seleção na Academia irá se reunir nas próximas semanas, e o resultado final será anunciado no dia 12 de setembro. "Marte Um", de Gabriel Martins, foi o escolhido para representar o Brasil no Oscar na última edição, mas acabou de fora da lista final.
TUBARÃO
A atriz Marina Ruy Barbosa será a capa da edição de setembro da revista Marie Claire. Em entrevista à publicação, a vilã da novela das sete "Fuzuê" (Globo) falou sobre moda, seu lado empresária e sua relação com a imprensa. "Quando vou para eventos, me sinto num aquário de tubarões. Porque tudo que eu falar ali [para a mídia], pode ser usado contra mim", diz.
Marina completa que foi aprendendo a lidar melhor com a situação com o passar do tempo. "Comecei a me permitir no sentido de ‘dane-se o que os outros vão falar’. O que importa é buscar a minha felicidade, agradando [o outro] ou não." A revista chega às bancas na próxima sexta (1º).
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.