A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, se pronunciou na manhã desta terça (12), um dia após ter sua conta da rede social X (antigo Twitter) hackeada, e afirmou que os ataques que sofreu "chegaram a outro patamar".
"Na noite de ontem [segunda-feira, 11], os ataques de ódio e o desrespeito que eu sofro diariamente chegaram a outro patamar. Minha conta do X foi hackeada e, por minutos intermináveis, foram publicadas mensagens misóginas e violentas contra mim. Posts machistas e criminosos, típicos de quem despreza as mulheres, a convivência em sociedade, a democracia e a lei", escreveu a mulher do presidente Lula (PT) no Instagram.
"Eu já estou acostumada com ataques na internet, por mais triste que seja se acostumar com algo tão absurdo. Mas a realidade é que a internet é um espaço potente para o bem e para o mal. E é comprovado que nós, mulheres, somos as que mais sofrem com os ataques de ódio aqui nas redes. O que eu sofri ontem é o que muitas mulheres sofrem diariamente", seguiu a primeira-dama.
Ela ainda agradeceu ao apoio que recebeu e pediu punição aos responsáveis. " O ódio, a intolerância e a misoginia precisam ser combatidos e, os responsáveis, punido", escreveu.
No post, personalidades e políticos demonstraram solidariedade à primeira-dama. "Vamos seguir com determinação na luta contra o ódio como ferramenta política", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. "Força, Janja!", disse também a cantora Teresa Cristina.
Por volta das 21h30 de segunda, o perfil de Janja passou a publicar ofensas e também frase afirmando que foi invadido. Entre as postagens do invasor, havia menção ao escândalo do mensalão e ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Parte das ofensas era dirigida à própria primeira-dama.
A Polícia Federal (PF) está investigando o caso por meio da Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos. Por volta das 22h35 de segunda, a PF informou que, por solicitação da corporação, a plataforma X havia bloqueado o acesso do hacker ao perfil de Janja. Minutos mais tarde, as publicações do perfil da primeira-dama foram apagadas.
Veja, abaixo, a íntegra do pronunciamento:
Na noite de ontem, os ataques de ódio e o desrespeito que eu sofro diariamente chegaram a outro patamar. Minha conta do X foi hackeada e, por minutos intermináveis, foram publicadas mensagens misóginas e violentas contra mim. Posts machistas e criminosos, típicos de quem despreza as mulheres, a convivência em sociedade, a democracia e a lei.
Eu já estou acostumada com ataques na internet, por mais triste que seja se acostumar com algo tão absurdo. Mas a realidade é que a internet é um espaço potente para o bem e para o mal. E é comprovado que nós, mulheres, somos as que mais sofrem com os ataques de ódio aqui nas redes. O que eu sofri ontem é o que muitas mulheres sofrem diariamente.
Mulheres no Brasil inteiro são vítimas de ataques machistas, que tomam conta das redes sociais e muitas vezes saem dela, acabando em agressões físicas e feminicídios. Milhares de mulheres perdem ou até tiram a própria vida a partir de ataques como o que sofri na noite de ontem.
A Polícia Federal e a plataforma X foram acionados imediatamente e estão tomando as devidas providências. O ódio, a intolerância e a misoginia precisam ser combatidos e, os responsáveis, punidos.
Agradeço todas as manifestações de solidariedade e apoio que tenho recebido desde então. Eu sei, e é sempre bom relembrar, que não estamos sozinhas.
CLÁSSICO
O maestro João Carlos Martins rege a Bachiana Filarmônica Sesi-SP em concerto de Natal, quatro dias após realizar uma cirurgia de grande porte no quadril. O músico se apresentou ao lado do cantor Péricles no Espaço Unimed, em São Paulo, na noite de segunda (11).
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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