O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, apareceu na concentração da escola paulistana Vai-Vai, no Sambódromo do Anhembi, neste sábado (11), sem a companhia de assessores ou seguranças.
O chefe da pasta cruzou a avenida em frente ao carro alegórico que trouxe uma réplica gigante da estátua do bandeirante Borba Gato, nesta segunda noite de folia paulistana.
Diferentemente da versão original, que fica localizada em Santo Amaro, na zona sul da cidade, o monumento carnavalesco está pichado da cabeça aos pés.
"Esse carro simboliza um grito de liberdade, uma forma de olhar para o Brasil e dizer como é que a gente, como brasileiro, ocupa os espaços públicos no país", afirma o ministro à coluna.
Almeida conta que seu avô foi um dos fundadores da Vai-Vai. "A escola tem um significado muito grande para a minha família, para a história de São Paulo, para o povo negro de São Paulo."
Questionado sobre estrear no Carnaval como ministro de Estado, Silvio diz não achar "estranho que alguém que ocupa o espaço da política participe da festa do Carnaval".
Ele ainda afirma que está na avenida como cidadão brasileiro —"mas sei da responsabilidade que carrego", complementa.
A agenda de folia do chefe da pasta de Direitos Humanos terá ao menos mais um compromisso importante. Na segunda (12), ele irá desfilar pela escola carioca Portela, na Marquês de Sapucaí, representando o advogado e abolicionista Luiz Gama.
"É uma honra ter sido convidado para representar um dos homens que é o meu farol moral, ético e político e que eu tento, todos os dias, honrar", diz ele, que já presidiu o Instituto Luiz Gama.
"Carnaval é um ato político muito importante. Gostar do Carnaval é gostar do Brasil. Tem muito a ver eu, como ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, estar aqui nessa festa que tem tanto significado para o povo brasileiro. Estou muito feliz", finaliza.
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