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Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Fafá de Belém diz ser 'radicalmente contra botox' e procedimento que deixa 'queixo do tamanho da cabeça'

Cantora, que lançou recentemente música com auxílio de IA, afirma que recursos tecnológicos devem ser usados com parcimônia

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A cantora Fafá de Belém diz que o uso de novas tecnologias na música pode ser fabuloso, desde que as ferramentas sejam bem aplicadas. Recentemente, a artista lançou uma versão remasterizada da canção "Amores", de Milton Nascimento e Fernando Brant, que foi lançada por ela em 1987.

O projeto surgiu por iniciativa do DJ Zé Pedro. Com o auxílio da inteligência artificial (IA), ele isolou a voz de Fafá da gravação original e criou um novo arranjo, mais minimalista. O pianista Alexandre Viana foi o responsável pela execução da nova versão ao piano. A voz de Fafá foi adicionada depois.

Em foto colorida, mulher de cabelo grisalhos e vestido estampado posa para foto
A cantora Fafá de Belém - Reprodução/Instagram

Para a cantora, esse tipo de uso da tecnologia é adequado. Ela vê com restrições, porém, outras aplicações que possam ser feitas. "Não uso autotune. Nem sabia o que era até um ano atrás", afirma ela, em referência ao software de afinação vocal que é muito comum no mercado fonográfico.

"Eu gosto de música, gosto de cantar. Acho que a coisa mais fundamental é a emoção de estar em cena", completa. "Mas sou de outra geração."

Fafá diz também não aprovar que programas de inteligência artificial simulem, por exemplo, que ela cante uma música que nunca gravou. "Não acho legal, mas isso sou eu. Não estou aqui para julgar nem condenar ninguém."

"Tenho meus questionamentos em relação a não se usar músico e voz. Mas entendo que é um novo momento. Existe um novo mercado, em que milhões estão envolvidos. Empresários querem resultados absurdos, gravadoras querem resultados comerciais e, em certos momentos, há pouco olhar sobre resultados realmente de cultura ou que apresentem de fato algo importante."

Aos 68 anos recém-completados, Fafá afirma também ser "radicalmente contra" botox, preenchimentos e o que chama de procedimento em que "o queixo fica do tamanho da cabeça". "Como é nome disso?", pergunta ela à coluna. "Harmonização [facial]", a própria cantora responde.

"É igual excesso de filtro e Photoshop em capa de álbum. Eu não uso", diz ela às gargalhadas. "Gosto do meu cabelo branco e de como estou."


DESENHO

Os artistas Estela May e João Montanaro, ambos cartunistas da Folha, receberam convidados na abertura da exposição "Acepipes", na semana passada, na Quina Mobília, em São Paulo.

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