Mônica Bergamo

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Descrição de chapéu Eleições 2024 Governo Lula

Chefe de gabinete de Lula, Marcola processa candidato do MDB por associação falsa ao PCC

Marco Aurélio Santana Ribeiro, também conhecido como Marcola, cobra indenização de R$ 20 mil; procurado, Taka Yamauchi não respondeu

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Brasíila

Chefe do gabinete pessoal do presidente Lula (PT), o cientista político Marco Aurélio Santana Ribeiro, o Marcola, ingressou na Justiça com um pedido de indenização por danos morais contra o candidato do MDB à Prefeitura de Diadema (SP), Taka Yamauchi.

O auxiliar da Presidência da República acusa o emedebista de associar seu nome ao de Marcos Willians Herbas Camacho, chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital) que também é conhecido pela alcunha de Marcola. O cientista político pede que Yamauchi seja condenado a pagar R$ 20 mil.

Panfleto apócrifo distribuído em Diadema (SP) associa o apelido “Marcola” e o atual prefeito da cidade, José de Filippi Júnior (PT), candidato à reeleição, a falso escândalo - Reprodução

Marcola diz que o candidato à prefeitura da cidade paulista tem promovido uma confusão entre os apelidos de maneira proposital, criando a impressão equivocada de que ele e o PT têm ligações com facções criminosas.

Durante debate entre candidatos à prefeitura realizado em 23 de agosto, Yamauchi afirmou que "o Brasil vem sofrendo há muito tempo com crime organizado" e que "o tal de Marcola lá de Brasília" teria enviado dinheiro de forma irregular ao município de Diadema.

A declaração foi feita na esteira de reportagem do UOL que mostrou que Lula teria priorizado cidades governadas pelo PT ou por aliados na distribuição de verbas de ministérios —Diadema seria uma delas. A publicação, no entanto, não fazia qualquer menção a facções.

"A expressão 'crime organizado' conjugada ao nome de 'Marcola' produz em qualquer brasileiro o efeito imediato de remeter, como já se disse, ao conhecido líder de uma das maiores facções criminosas em atividade no Brasil", diz a ação apresentada ao Foro de Diadema.

"Da forma ardilosa como foi colocada, a expressão induz, portanto, o ouvinte a uma interpretação equivocada: a de que o 'Marcola' que exerce cargo oficial de elevada responsabilidade —o autor [da ação], portanto— seria, ao mesmo tempo, uma liderança de uma facção criminosa", segue.

Marcola, que é representado na Justiça pelo escritório Ricomini Piccelli Advocacia, ainda diz que se o emedebista não tivesse o intuito de atingir sua honra e reputação, não teria mencionado seu nome logo após usar a expressão "crime organizado".

O auxiliar do presidente da República segue em seu relato afirmando que Yamauchi voltou a mencionar o apelido em uma live com eleitores transmitida em 26 de agosto e que, na sequência, panfletos apócrifos foram distribuídos na cidade do ABC Paulista citando seu nome.

"Farra com dinheiro público no maior escândalo de irregularidades de repasse de recursos federais através do Marcola", dizia o material, que trazia o apelido do assessor de Lula em letras garrafais e destacadas em vermelho e amarelo. A autoria dos panfletos não foi identificada.

Procurado pela coluna, Taka Yamauchi não respondeu até a publicação deste texto.

Os advogados de Marcola sustentam que ele nem sequer concorre a um cargo eletivo para ser envolvido na disputa eleitoral dessa maneira, e que o fato de exercer função pública não deveria servir de pretexto para ataques.

"A sociedade espera um nível mais elevado de probidade de quem ocupa cargos públicos. Assim, uma acusação que já seria danosa a qualquer pessoa pode causar um impacto mais severo à imagem de alguém que, como o autor, ocupa função pública", diz.

Os advogados de Marcola afirmam ainda que a indenização no valor de R$ 20 mil, se atendida, teria um caráter punitivo e pedagógico.

"[A demanda] leva em conta que a estratégia desinformativa do réu pode ser replicada por outros políticos mal intencionados que pretendam associar o autor ao crime organizado com base na infame similaridade do seu apelido com o da liderança criminosa", dizem.


SINFONIA

A secretária da Cultura e Economia Criativa de São Paulo, Marilia Marton, prestigiou o concerto que celebrou os 70 anos da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), realizado na Sala São Paulo, na capital paulista, na semana passada. O ex-ministro e presidente do conselho de administração da Fundação Osesp, Pedro Parente, o regente titular da orquestra, Thierry Fischer, e o diretor-executivo da fundação, Marcelo Lopes, compareceram. O ex-secretário Marcos Mendonça e a historiadora Dalva de Abrantes, a presidente da Sociedade Chopin do Brasil, Gloria Guerra, o diretor-geral do IMS (Instituto Moreira Salles), Marcelo Araujo, e a violinista Maria Fernanda Krug estiveram lá.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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