Osesp renova contrato de Thierry Fischer como regente e diretor musical até 2027

Decisão foi tomada após saída de Arthur Nestrovski, que atuou na orquestra por 13 anos, mas não acumulava os dois cargos

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São Paulo

O suíço Thierry Fischer, regente titular da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Osesp, desde 2020, teve seu contrato renovado até o fim de 2027. O anúncio vem na semana seguinte à saída do compositor e violonista Arthur Nestrovski, que deixou a direção artística da fundação após 13 anos no cargo.

Fischer, de 65 anos, deve então concentrar as atribuições de diretor artístico —que deve se chamar agora apenas diretor musical—, enquanto divide funções com Marcelo Lopes, diretor-executivo da Osesp.

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O regente Thierry Fischer, regente titular e diretor musical da Osesp - Marco Borggreve/Divulgação

O suíço, que teria seu contrato encerrado na temporada de 2024, também é diretor musical da Orquestra Sinfônica de Utah, nos Estados Unidos, e principal regente convidado da Filarmônica de Seul, na Coreia do Sul.

A partir do ano que vem, Fischer deve aumentar sua estada em São Paulo de 13 para 15 semanas ao ano, disse o maestro ao jornal O Estado de S.Paulo. Já em 2024, pretende passar um total de quatro meses na capital paulista para acompanhar melhor as atividades da casa.

A decisão faz com que a Osesp retome o tipo de gestão que adotava desde o final de 2009, com o maestro John Neschling como regente titular e diretor artístico —esse acúmulo de funções acabou provocando uma série de desentendimentos entre ele, os músicos e o então governador José Serra, o que levou o conselho da Osesp a demitir o profissional. Depois, em 2016, Neschling foi afastado da direção artística do Theatro Municipal de São Paulo e teve irregularidades investigadas.

Com a chegada de Nestrovski, os postos de diretor artístico e regente titular foram separados. Este segundo cargo foi então ocupado por nomes como Yan Pascal e Marin Alsop, que antecedeu Fischer.

A partir de agora, o suíço deve acumular funções como a escolha de repertórios, dos artistas convidados, a definição da quantidade de ensaios para determinada obra, além de estabelecer pontes entre diferentes partes da instituição.

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