O tuíte acima de Alexandria Ocasio-Cortez, representante de Bronx e Queens, foi destacado por New York Times e Wall Street Journal ao manchetar que a Amazon desistiu de construir a nova sede em Nova York. Escreveu AOC:
“Tudo é possível: Hoje foi o dia em que um grupo de nova-iorquinos e vizinhos derrotaram a cobiça corporativa da Amazon, sua exploração dos trabalhadores e o poder do homem mais rico do mundo.”
O “socialismo democrático” de AOC repercute do outro lado do Atlântico, onde a Economist deu capa e o Financial Times publicou coluna de Edward Luce tentando compreender —e criticar— esse “ressurgimento da esquerda”.
A revista diz que “não é a resposta aos problemas do capitalismo” e sublinha que AOC “tinha quatro semanas quando o Muro de Berlim caiu”.
Luce destaca que “hoje a maioria dos ‘millenials’ americanos se declara socialista, pensando na Escandinávia, não na Venezuela”. E que o poder que AOC amealhou é tal que “quase todos os presidenciáveis democratas apoiaram” seu plano ambientalista, apelidado de Green New Deal.
NYT VS. VALE
Os horrores se sucedem no noticiário de Brasil, mas o NYT não esquece Brumadinho. Depois de dedicar capa, três páginas e especial multimídia para a tragédia, no domingo, o jornal voltou a produzir longo material interativo, mostrando “Onde os brasileiros vivem sob alto risco” —ameaçados por barragens também em cidades paulistas como Cajati, que fica a apenas 230 quilômetros de São Paulo.
EXTRAJUDICIAL
No Guardian, retomando outra tragédia que ficou pelo caminho, “‘Foi execução’: 13 mortos no Brasil conforme estado impulsiona nova política para crime organizado”. O jornal cita o governador e “juiz” Wilson Witzel e ouve de especialista que a operação na favela do Pallet foi “simbólica”. Anuncia mais “execuções extrajudiciais por encorajamento aberto dos governos federal e estadual”, semelhante àquelas de Rodrigo Duterte nas Filipinas.
‘LICENCE TO KILL’
Na Economist, a coluna Bello falou com o ministro e “juiz” Sérgio Moro, questionando antes de mais nada seu plano de segurança, que “críticos dizem ser licença para matar”, para a polícia “feliz no gatilho contra jovens negros”. Ele nega “categoricamente” e diz que seu plano “não é discordante do que acontece em outros países”.
OUTROS MÉDICOS
O site do Comando Sul do Pentágono, que neste ano deverá incorporar um general brasileiro, destacou a missão de médicos americanos no rio Amazonas (acima).
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