Em destaque no Global Times/Huanqiu, “China passa a pagar por minério de ferro em yuan” —como é denominada a unidade básica da moeda chinesa, o renminbi.
Mais especificamente, “a gigante brasileira Vale assinou contrato com a siderúrgica Yongfeng”, quando da visita de Xi Jinping ao país, e “é a primeira mineradora estrangeira a diversificar suas vendas de minério de ferro no mercado futuro com base em yuan”.
O contrato foi fechado “semanas depois que a mineradora Rio Tinto”, anglo-australiana, “assinou seu primeiro contrato comercial de minério de ferro em renminbi”. E em Xangai foram dados os primeiros passos para fazer o mesmo no petróleo futuro.
Na análise “Acordos de commodities em yuan podem reduzir hegemonia do dólar”, o jornal chinês acrescenta que, “neste momento crítico, de incerteza em torno da guerra comercial China-EUA, mais chineses sentem a urgência de desdolarizar o comércio de commodities estratégicas como o minério de ferro”.
Em suma, deixar o “poder de precificar na mão” dos EUA “não é boa situação e precisa mudar, para garantir a segurança nacional em recursos”.
Links citados:
http://www.globaltimes.cn/content/1170663.shtml
http://www.globaltimes.cn/content/1170692.shtml
TIKTOK VS. SPOTIFY
O Financial Times noticia que a ByteDance, empresa chinesa dona do aplicativo TikTok, negocia com gravadoras como Sony para lançar seu streaming de música e enfrentar "cabeça a cabeça o Spotify".
A ideia é estrear já em dezembro, "inicialmente em emergentes como Índia e Brasil, antes de abrir nos EUA".
PEQUIM, AO RESGATE
Em manchete digital do FT na quinta, destacando os americanos JP Morgan e Morgan Stanley, “Arábia Saudita marginaliza bancos estrangeiros no IPO da Aramco”.
Como no leilão do pré-sal, a expectativa saudita de levantar recursos no lançamento de ações da petroleira foi cortada, de US$ 100 bi para US$ 25 bi. “O rebaixamento implicará corte dramático nos honorários” dos bancos.
Também como no pré-sal, “Autoridades sauditas visitaram a China nas últimas semanas, numa tentativa” de garantir investimento externo para a operação.
LULA LÁ
No título de artigo assinado pelo ex-presidente Lula no Washington Post, "Quero limpar meu nome para ajudar a reconstruir a confiança do Brasil no governo".
E em entrevista ao Guardian, manchete digital na manhã desta sexta (acima), "Bolsonaro está fazendo o relógio voltar atrás". Lula "diz que sua missão agora é batalhar pela democracia".
Já na coluna de David Miranda no Guardian, "Bolsonaro quer acabar com a democracia. Aqui está uma maneira de ele fazer isso". Logo abaixo, "a extrema direita sabe que precisa de caos para justificar medidas da ditadura". O deputado avisa que "tensões atingiram ponto de fervura" diante da "visão de Lula saindo da prisão, um poderoso repúdio simbólico a Sérgio Moro e uma ameaça clara a Bolsonaro".
KAUÃ, 11
O WP traz extensa reportagem sobre a morte de crianças no Rio "à medida em que crescem os disparos policiais".
Com a foto acima, tirada pelo próprio correspondente Terrence McCoy, concentra-se na história de Simone Barros, que "chora ao descrever a morte de seu filho de 11 anos, Kauã, baleado pela polícia".
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