Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Globo assina com gigante chinesa para coprodução e tecnologia 5G

Parceria com Grupo de Mídia da China, maior corporação de comunicação do mundo, deve ir de filmes a esportes

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No canal chinês de notícias CGTN (abaixo), Shen Haixiong, presidente do Grupo de Mídia da China, assinou memorando de acordo com Roberto Marinho Neto, do Grupo Globo, para "troca de programas e colaboração em produção", com "parceria em filmes e TV, esportes e tecnologia 5G".
 
Segundo o site da CGTN, Marinho disse que "espera usar as plataformas de mídia do Grupo Globo, como TV, rádio e novas mídias, para expandir a cooperação com o GMC na coprodução de filmes para TV, no compartilhamento de conteúdo de programas e no uso de novas tecnologias".
 
Shen já havia assinado contrato na mesma linha com o Grupo Bandeirantes e, em entrevista, descreveu como possibilidade "ótima" e "factível" trazer à TV paga brasileira o próprio canal CGTN --que busca concorrer internacionalmente com o russo RT, o France 24 e o BBC World.
 
PS - O GMC, criado no ano passado a partir da maior rede da China, CCTV, também fechou com o Ministério da Cidadania um acordo para intercâmbio de programas e filmes, promoção de festivais de cinema nos dois países e abertura de conversas para estabelecer "um canal de TV por assinatura dedicado exclusivamente a programas e filmes sino-brasileiros", segundo o site Tela Viva.
 
Por fim, Shen assinou ainda com o presidente da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC, que inclui a TV Brasil), estatal presidida pelo general Luiz Gomes, que estudou da Universidade de Defesa Nacional, do Exército de Libertação Popular, como noticiaram a Agência Brasil e o Diário do Povo, do PC chinês.
 
Outros links citados:
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-11/ebc-firma-acordo-com-china-para-compartilhamento-de-conteudos
http://world.people.com.cn/n1/2019/1115/c1002-31458374.html
 

CONSENSO CONTRA PROTECIONISMO

Por jornais chineses como Global Times/Huanqiu e russos como Kommersant, a cúpula Brics foi manchete digital, mas com atenção maior para temas nacionais tratados por ambos no Brasil. Xi Jinping cobrou “um fim para a violência em Hong Kong” e Vladimir Putin abordou suas negociações com o presidente da Ucrânia.

Sobre a cúpula, propriamente, o destaque chinês foi para o discurso de Xi em defesa do “multilateralismo” e depois o “consenso sobre livre comércio e mudança no clima” entre os membros do grupo. E na Rússia ecoou a declaração de Putin de que o “Brics é um fator de estabilidade, ele defende livre mercado, contra o protecionismo”.

Outros links citados:
http://www.globaltimes.cn/content/1170129.shtml
http://www.globaltimes.cn/content/1170130.shtml

DA LÍBIA À BOLÍVIA

Também com destaque na imprensa de seu país, manchete online no jornal RBC, o presidente russo comparou o quadro de “poder nenhum, anarquia, caos” na Bolívia com aquele encontrado depois da “intervenção do exterior” na Líbia.

CRESCENTE INCERTEZA NA AL

No Wall Street Journal, “Moedas latino-americanas seguem caindo”, com a explicação, no segundo enunciado, de que a “Crescente incerteza política por toda a região preocupa investidores”. Lista, pela ordem, o peso chileno, de longe o mais atingido, o colombiano e o uruguaio —e o real brasileiro.

‘THE END OF EVO MORALES’

A nova Economist publica o editorial “O fim de Evo Morales”, ressaltando que as “Forças Armadas se levantaram pela democracia e pela Constituição”. Critica “aqueles na esquerda”, inclusive Dilma Rousseff, por sua “constante invocação de golpes”.

‘THE END OF ALLENDE’

Em resposta, jornalistas e veículos de esquerda, como Jacobin, resgataram o editorial da Economist em 1973, de título parecido, “O fim de Allende”. No segundo enunciado, “A morte temporária da democracia será lamentável, mas a culpa recai claramente sobre Salvador Allende, que atropelou a Constituição”.

Também “As Forças Armadas agiram só depois de ter ficado claro que havia um mandato popular para intervenção militar”. Por fim, “Tentativas de inventar que os americanos estiveram envolvidos são absurdas”.

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