Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
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TikTok passou Instagram; EUA se adaptam

Rede social chinesa alcançou 1,289 bilhão de usuários ativos em janeiro, contra 1,221 bilhão da americana

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Consultorias de marketing digital como Wallaroo e EWM já vinham dando o chinês TikTok com 1,1 bilhão de usuários ativos ao redor do mundo, vagamente empatado com o americano Instagram.

Na terça (9), a plataforma de dados Statista publicou seu mais recente levantamento das Redes Sociais Mais Populares, referente a janeiro, e está lá:

O TikTok chegou a 1,289 bilhão de usuários ativos, só perdendo para Facebook, com 2,740 bilhões, e YouTube, com 2,291 bilhões. Deixou para trás o Instagram, que tem 1,221 bilhão.

Sede da ByteDance, empresa do TikTok, em setembro de 2020, em Pequim - AFP

São as quatro grandes redes sociais. As outras, que fecham o Top 10, têm de meio bilhão para baixo. Pela ordem, Sina Weibo, Snapchat, Kuaishou, Pinterest, Reddit e Twitter. (Para essa lista não foram considerados os aplicativos de mensagem, como WhatsApp, WeChat e Telegram.)

A rede social, conhecida como Douyin na China, não deve parar por aí.

Em fevereiro, mais uma vez, como acontece há um ano e meio de forma intermitente no levantamento da Sensor Tower, o TikTok foi o aplicativo mais baixado no mundo, com 56 milhões de downloads, sendo 18% na China e 11% nos EUA, os países que lideram as instalações.

Logo atrás, como acontece quase sempre, apareceram Facebook e Instagram, as duas redes de Mark Zuckerberg.

Entende-se por que vêm se intensificando as apostas americanas em diferentes clones de TikTok.

A começar do próprio Instagram, que lançou sua ferramenta Reels (no Brasil, Cenas) no mercado americano dias depois de Donald Trump anunciar que iria banir o TikTok do país. Porém, passado meio ano, segundo a CNN, ainda “não está decolando”.

O YouTube acha que seu clone, Shorts, se saiu melhor nos testes feitos na Índia e anunciou a chegada aos EUA para breve. Também o Spotlight, lançado em janeiro pelo Snapchat, estaria indo bem, pelo número de usuários divulgado pela própria empresa.

E há cerca de uma semana a Netflix entrou na disputa, lançando um feed de vídeos curtos só para aparelhos móveis, que chamou de Fast Laughs.

Ainda está pendente o que Joe Biden vai fazer com a tentativa de Trump de barrar o TikTok.

Como outras medidas do antecessor contra a China, é possível que mantenha também esta —esforçando-se para derrubar a decisão judicial tomada em favor da plataforma.

Mas um sinal de que é batalha perdida está na corrida dos produtores de conteúdo ao TikTok.

Em jornalismo, o Yahoo News está festejando 1,1 milhão de seguidores no aplicativo, dois terços deles com menos de 30 anos —o que é raro, em se tratando de informação.

Em seguida, na lista do Nieman Lab, com números próximos, vêm o jornalismo da CBS, o USA Today e o Washington Post.

Em entretenimento, entre muitos outros, acabam de fechar parceria com o TikTok a gravadora Universal, considerada a maior do mundo, e o UFC, para oferecer conteúdo exclusivo, inclusive ao vivo.

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