Na manchete do Global Times, ligado ao PC chinês, "China, EUA e Rússia compartilham consenso sobre o Afeganistão, mas Washington deve corrigir seu erro para haver cooperação".
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, procurou o ministro do exterior chinês Wang Yi, "o que mostra uma atitude melhor e muito diferente da hostilidade americana contra a China em outras áreas".
O "erro" citado na manchete é a decisão de retirar o grupo islâmico ETIM, que atua na China, da lista de organizações consideradas "terroristas" pelos EUA, tomada por Donald Trump em novembro e mantida por Joe Biden. É também uma exigência chinesa ao Taleban, que já deu abrigo ao grupo.
Segundo o Global Times, "Blinken disse a Wang por telefone que os EUA reiteram sua oposição a todas as formas de terrorismo e a promessa de não fomentar distúrbios na fronteira ocidental da China".
Mas o jornal destaca que a "cooperação China-Rússia é mais confiável", descrevendo outro telefonema, entre Wang e o ministro do exterior da Rússia, Sergey Lavrov, para tratar de ação conjunta contra a presença de grupos terroristas no Afeganistão.
É manchete também no South China Morning Post, dizendo que Pequim "está pronta para trabalhar com Washington para garantir um pouso suave no Afeganistão, mas EUA precisarão reduzir a pressão" sobre a China. E também na versão em inglês do financeiro Caixin, "China se coordena com EUA e Rússia".
REPENSAR A OTAN
Abrindo o texto da manchete do Frankfurter Allgemeine Zeitung, "As circunstâncias do colapso afegão criaram uma tensão significativa nas relações germano-americanas".
No britânico Financial Times, "Aliados da Otan defendem repensar aliança após decisão 'unilateral' de Biden de deixar o Afeganistão", destacando declarações de Alemanha e Reino Unido.
E na manchete do Washington Post, "Aliados e rivais reconsideram papel global da América após a saída do Afeganistão".
MUITO MAIS REFUGIADO
Também no WP, “Biden cortou o acesso a bilhões de dólares das reservas do governo afegão em contas bancárias nos EUA”, em medida assinada por sua secretária do Tesouro, Janet Yellen.
”Você verá muito mais refugiado por causa disso”, avisou Ian Bremmer, da consultoria de risco Eurasia Group.
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