Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Acusação de 'homicídio' contra Bolsonaro chega ao New York Times

Jornal destaca 'alegação explosiva' da CPI, que 'concluiu que presidente deixou propositalmente o coronavírus matar'

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Na home do New York Times, "Manejo da pandemia por líder brasileiro atrai alegação explosiva: homicídio".

Logo abaixo, "Um relatório do Senado brasileiro concluiu que o presidente Jair Bolsonaro deixou propositalmente o coronavírus matar brasileiros numa tentativa fracassada de obter imunidade de rebanho".

O jornal diz que trechos do relatório de quase 1.200 páginas "foram vistos pelo NYT antes do lançamento agendado para esta semana".

Além do presidente, "recomenda acusações criminais contra 69 outras pessoas, incluindo três filhos de Bolsonaro e vários funcionários e ex-funcionários do governo".

"O relatório culpa as políticas de Bolsonaro pelas mortes de mais de 300 mil brasileiros, metade do total de mortos por coronavírus do país, e insta as autoridades a prender o presidente."

Foi parar também nas páginas iniciais da CNN, "Relatório vazado pede acusações de homicídio contra Bolsonaro", e do Guardian, "Acuse Bolsonaro de homicídio pelos mortos da Covid, diz esboço de relatório do Senado brasileiro". Os dois veículos tiveram acesso ao texto.

ESTADO DE EXCEÇÃO & DE DIREITO

O governista El Comercio, do Equador, mancheta que "especialistas" garantem que o "estado de exceção" declarado pelo presidente conservador Guillermo Lasso, na noite de segunda, "não restringe os direitos dos cidadãos".

E a estatal Voz da América, do governo americano, noticia que o "Secretário de Estado chega ao Equador em meio a estado de exceção", sem declarações de Antony Blinken.

Cita, do chanceler equatoriano Mauricio Montalvo, que "os Estados Unidos apoiam o Equador em seus esforços na luta a favor do Estado de Direito" e que "o país participará no final do ano da Cúpula da Democracia em Washington".

ESTADOS UNIDOS DAS SANÇÕES

O Departamento do Tesouro dos EUA contou "mais de 9 mil sanções em vigor" num relatório sobre a estratégia, que cresceu sob Trump, com mais de mil por ano. "O governo Biden está a caminho de impor 900 neste ano, terceiro maior total já registrado", diz o NYT, explicando:

"O papel do dólar como moeda de reserva significa que os EUA podem isolar países ou indivíduos do sistema financeiro global a seu critério. O Departamento expressou a preocupação de que adversários da América estejam tomando medidas para reduzir sua dependência do dólar e que novos sistemas de pagamento digital podem corroer o poder das sanções americanas."

O relatório foi precedido por dois artigos de acadêmicos ligados ao establishment de política externa, questionando a estratégia e preparando o terreno para eventuais mudanças.

Um na revista Foreign Affairs, "Os Estados Unidos das Sanções", mostrando "O uso e abuso da coerção econômica" (abaixo). O outro no próprio NYT, concentrado na ineficácia das sanções americanas na América Latina.

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