Acompanhando a série de artigos de exaltação no Renmin Ribao ou Diário do Povo, a agência Xinhua despachou um extenso "Perfil: Xi Jinping, o homem que lidera o PC chinês em uma nova jornada".
Foi manchete em veículos do país, com trechos como: "Este é um homem de determinação e ação, um homem de pensamentos e sentimentos profundos, um homem que herdou um legado mas ousa inovar, um homem que tem visão de futuro e está empenhado em trabalhar incansavelmente".
É mais um texto preparatório para a Sexta Plenária do partido que começa nesta segunda (8) e deve equiparar Xi a Mao Tse-tung e Deng Xiaoping, com uma "resolução sobre história" como aquelas assinadas pelos dois líderes.
Perfil e artigos ecoaram por agências ocidentais e jornais como South China Morning Post, que é do Alibaba, e New York Times, este linkando diretamente uma das capas do diário do PC (acima) e a agência estatal.
O longo texto do correspondente-chefe do NYT diz que uma recém-editada história do partido "celebra êxitos de Xi ao reduzir corrupção, cortar pobreza e avançar a capacidade tecnológica".
E que, "fortalecido, é muito provável que ele ganhe outro mandato de cinco anos", a partir de 2022.
SCMP CONTINUA, MAS A PRESSÃO TAMBÉM
O japonês Nikkei noticia que o CEO do Alibaba, Gary Liu, comunicou à Redação do South China Morning Post que o grupo "nunca discutiu e não tem planos" de vender o jornal de Hong Kong.
"O SCMP cresceu e se tornou uma organização noticiosa global com uma 'Voz Asiática' crítica e única, com pluralidade de pontos de vista", acrescentou, criticando o "rumor" de que ele seria estatizado.
Já publicações de Hong Kong e Pequim informam a saída do editor-chefe do Stand News, ligado por relações familiares ao Pingguo Ribao ou Apple Daily, fechado em junho. "Sinaliza o fim do veículo antigovernamental" honconguês, mais um.
RESISTÊNCIA
O semanal Nanfang Zhoumo, de Guangzhou, no Sul da China, tido como o jornal mais liberal do país até uma intervenção há cerca de oito anos, a primeira sob Xi, destacou a morte de seu editor-fundador, Zuo Fang, aos 86.
A Caixin da editora-fundadora Hu Shuli, publicação financeira hoje também ameaçada, levou o obituário ao alto da home.
PAIXÃO NACIONAL
Com vídeos no Weibo e outras redes, jovens festejaram a vitória chinesa sobre a Coreia do Sul na final do mundial de League of Legends. O resultado na madrugada de domingo levou milhares às ruas e sacadas de prédios, com a bandeira da equipe de Xangai, EDG.
A China tem 488 milhões de jogadores de e-sports, de acordo com o Global Times/Huanqiu.
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