No alto do francês Le Monde, "Polônia e Ucrânia enviam tropas" às fronteiras, contra Belarus e Rússia. A alemã Angela Merkel e o russo Vladimir Putin conversaram pelo segundo dia seguido, para tentar conter a escalada, sem sucesso.
Na disputa entre Polônia e Belarus, que chegou a ser sua manchete, o New York Times evitou defender um dos lados, em contraste com outros jornais ocidentais —que se puseram do lado polonês, contra a entrada dos imigrantes barrados na fronteira, em meio a manifestações racistas da extrema-direita.
O NYT ressaltou a ausência de informação, "Belarus, Polônia e Lituânia [aliada da Polônia] se recusam a permitir que o mundo veja de perto o impasse dos imigrantes". Toda a área "foi declarada proibida para a mídia jornalística".
Na outra frente, via Bloomberg, "EUA alertam Europa que Rússia pode planejar invasão da Ucrânia", citando autoridades anônimas e aumento nas tropas russas. Foi um dia após o secretário de Estado surgir dizendo algo parecido, na CNN, ao lado do chanceler ucraniano.
Já o chanceler enfatizou à agência de notícias da Ucrânia, Ukrinform, ter falado com o secretário americano sobre o gasoduto Nord Stream 2, entre Rússia e Alemanha, cujo "sucesso tornará Moscou mais atrevida em suas ações". Disse que agora vai levar a questão aos colegas da União Europeia, na segunda-feira.
Também o Argumenty i Fakty, entre outros jornais russos, ressaltou o pano de fundo da "nova ameaça" à aprovação europeia do gasoduto. O Nord Stream 2 está pronto, mas, sob pressão americana e de países do Leste Europeu, sobretudo Polônia, Lituânia e Ucrânia, ainda pode ser inviabilizado, segundo o alemão Süddeutsche Zeitung.
BIDEN & XI
Por outro lado, o site Politico, de Washington, noticia que Joe Biden e Xi Jinping programaram sua prometida "cúpula virtual" para a noite de segunda. Deve culminar semanas de descongelamento.
Na quinta, houve o "inesperado", segundo o Guardian, acordo sino-americano sobre emissões. No fim de semana, o assessor de Segurança Nacional de Biden falou à CNN que a Casa Branca não quer Guerra Fria e não "vai repetir os erros do passado tentando transformar a China". Dias antes, a secretária do Tesouro afirmou em entrevista à Reuters que reduzir as tarifas sobre produtos chineses poderia ter um "desejável" efeito "desinflacionário".
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