Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Ingleses dizem que 'Rússia pode vencer' e cobram escalada militar

No Times, governo britânico apoia ataque a território russo; 'enviar armas não é suficiente', publica Guardian

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Em vídeo publicado por Wall Street Journal, Reuters e outros, ao anunciar mais armas contra a Rússia, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, declarou que "a Rússia está fracassando".

Mas na tarde seguinte, na terça (26), a manchete do Washington Post era "O tempo não está do lado da Ucrânia, diz general dos EUA". Em outro texto, logo abaixo, "autoridade militar anônima" acrescentou que "o peso está do lado russo" da balança.

Era argumento para cobrar mais armas europeias contra a Rússia, mas ecoou algo que vem vazando insistentemente pela imprensa de Londres. No Times, já no dia 21, "Rússia ainda pode vencer, alerta inteligência ocidental":

Um dia depois, por jornais ingleses, indianos e outros, o primeiro-ministro Boris Johnson foi questionado em visita à Índia se a Rússia ainda podia vencer e respondeu: "Sim, claro, Putin tem um grande exército. Nós temos que ser realistas".

Na sequência, o Guardian cobrou EUA, Alemanha e França, em coluna: "Por terrível que pareça, Putin pode vencer. Quem vai fornecer apoio militar direto? Enviar armas não é suficiente".

Por fim, na manchete do Times nesta terça (26), "Ucrânia pode usar armas britânicas para atingir território russo, afirma ministro das forças armadas" do Reino Unido.

PROCURAÇÃO

Um dia depois de declarar que os EUA visam "enfraquecer" a Rússia, o secretário de Defesa, Lloyd Austin, concedeu entrevista à Fox News e ouviu a pergunta "Isso está virando uma guerra por procuração?", com a Ucrânia combatendo no lugar de Washington. Resposta:

"Não está... Para ficar claro, nós não estamos numa luta com a Rússia".

AUSTIN & RAYTHEON

Por Financial Times e outros, Austin fez novo anúncio dos EUA: "Vamos continuar movendo céu e Terra para fortalecer o arsenal da democracia ucraniana".

No mesmo FT, logo depois, veio a notícia de que a Raytheon, que faz as principais armas enviadas à Ucrânia, como o míssil Javelin, divulgou números ruins, mas afirmou sua "confiança no longo prazo, apoiada pelo retorno dos orçamentos crescentes de defesa".

DE BIDEN PARA BOLSONARO

Conhecida pela mudança de governo em 2014 na Ucrânia, Victoria Nuland, subsecretária de Estado dos EUA, reuniu-se com autoridades brasileiras (acima) e tuitou que "EUA e Brasil se unem para promover a democracia", falando também na Reuters.

A visita acontece após ações do próprio Joe Biden, posando com o embaixador em Washington e falando em pagar para o governo brasileiro proteger a Amazônia.

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