Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Dos EUA à China, noticiário projeta efeito externo da volta de Lula

Ex-presidente daria 'choque de credibilidade', diz Haddad em entrevista à Bloomberg, e 'quer Brasil novamente protagonista no cenário mundial', destaca Guancha

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No rastro da divulgação do plano de governo, um dos textos mais lidos no site da americana Bloomberg no fim de semana foi uma entrevista com o ex-ministro Fernando Haddad, com a chamada "Lula vai impulsionar o real com choque de credibilidade, diz assessor".

Haddad afirma que "o Brasil precisa recuperar urgentemente a confiança dos investidores e Lula tem a capacidade de recolocar a economia nos trilhos", acrescentando:

"Uma mudança de governo por si só trará um vento novo necessário para um primeiro ano de governo mais calmo, quando precisaremos aprovar medidas para pousar esse avião que está voando sem piloto."

Com a esquerda em ascensão na América Latina, Haddad vê Lula em "posição privilegiada para reinserir a influência do Brasil entre seus vizinhos" e no "cenário internacional".

Na mesma direção, o portal chinês Guancha, que fez no ano passado uma entrevista com o ex-presidente, destacou ao longo do fim de semana um extenso perfil, com a chamada "Volta de Lula quer fazer o Brasil novamente protagonista no cenário mundial" (acima).

O texto sublinha que ele diz não guardar "ressentimentos" por sua prisão e, a partir daí, relata "as incontáveis dificuldades, altos e baixos, amor e ódio, que nos dizem como Lula foi forjado".

Em seguida se concentra no que o ex-presidente promete em política externa: cooperação na América Latina e com os países do Brics, visando "um novo modelo de governança global".

O Guancha ouve de Zhou Zhiwei, especialista em Brasil na Academia Chinesa de Ciências Sociais, que "Lula é bem versado em diplomacia, ainda o político mais influente do Brasil".

E o argentino La Nación publicou no fim de semana que "A esquerda da região está animada com uma nova integração com Lula da Silva à frente". Logo abaixo, "Há consenso de que o experiente Lula seria o líder natural no fortalecimento dos laços regionais".

BOLSONARO LÁ

Já o Financial Times publicou a reportagem "Até onde Bolsonaro irá para ser reeleito?", enfatizando que "está semeando a ideia de fraude eleitoral". Um dos que mais cobraram a plataforma de Lula, o jornal financeiro ainda não se debruçou sobre ela.

Também mais atento a Bolsonaro, o Wall Street Journal publicou um artigo de opinião de John R. Lott Jr., defensor da indústria de armas nos EUA (imagem acima). No título, "Mais armas legais reduziram a criminalidade no Brasil", citando queda em homicídios.

O brasileiro é apresentado como um modelo para Joe Biden e a governadora Kathy Hochul, de Nova York, que resistem às armas. "A mídia e os defensores do controle de armas estavam errados sobre o Brasil. Biden e Hochul devem tomar nota."

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