O assassinato de Shinzo Abe suspendeu os programas regulares da estatal NHK e de canais privados como Fuji e Asahi, que passaram a cobrir ininterruptamente, a exemplo do canal de notícias NTV.
A NHK apresentou diversas cenas do assassino, antes e depois dos tiros, mas não do momento em que o ex-primeiro-ministro foi atingido.
À noite, já estava nas ruas uma versão impressa do Yomiuri Shimbun (acima), maior jornal do país, de viés conservador como Abe.
Ao longo do dia, a manchete digital do jornal havia sido o relato do ataque, com o enunciado "Um homem se aproximando por trás, sete a oito metros, ninguém parou... O ex-primeiro-ministro olhou para trás".
Tanto o jornal como seus concorrentes Asahi e Mainichi Shimbun, mais liberais, destacaram que a polícia teria ouvido do assassino que não tinha "rancor contra as crenças políticas" de Abe, mas contra um grupo religioso do qual o ex-primeiro-ministro seria próximo.
O Asahi Shimbun foi o único dos principais veículos, até onde foi possível acompanhar, que ressaltou o histórico dos atentados no país, sublinhando os "repetidos ataques terroristas a políticos antes da guerra", durante a escalada militarista japonesa.
AMIGO DO BRASIL
A mensagem de Jair Bolsonaro, descrevendo Abe como um amigo do Brasil, foi noticiada pelo Asahi Shimbun junto com aquela de Narendra Modi, da Índia. O correspondente em São Paulo lembrou que o brasileiro "foi esfaqueado" também em campanha.
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