A entrevista do ex-presidente Lula à imprensa estrangeira ecoou ao longo de segunda e terça, com atenção para diferentes aspectos.
O espanhol El País (acima) e a chinesa Xinhua salientaram que ele "promete grande plano de obras públicas", se vencer. "O Estado precisa ser o indutor desse investimento para motivar a iniciativa privada com credibilidade e previsibilidade", disse, no relato da agência.
Também com atenção à economia e dando Lula como "referência da esquerda regional", a agência argentina Télam despachou que ele "quer que o acordo União Europeia-Mercosul respeite a industrialização de Brasil e Argentina".
Já o alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung (acima) destacou que "Lula quer liderar luta contra mudanças no clima", com atenção para a promessa "Vamos acabar com a mineração ilegal e combater o desmatamento com seriedade".
No inglês The Guardian, "Lula promete enfrentar crime na Amazônia se voltar ao poder", tendo falado em "reprimir garimpeiros e madeireiros ilegais depois dos assassinatos de Dom Phillips e Bruno Pereira".
A agência russa Ria Novosti despachou que o "Brasil vai tentar restabelecer paz entre Rússia e Ucrânia, diz Lula", tendo sugerido que "para acabar com os conflitos é preciso fortalecer a ONU", citando a reforma do Conselho de Segurança.
Bloomberg e agência Reuters chamaram para "Lula pede eleições livres e alternância de poder na Venezuela".
GOLPE OU NÃO GOLPE?
Com extensa reportagem ouvindo "mais de 35 juízes, generais, diplomatas e autoridades do governo", o New York Times perguntou, no enunciado: "A questão que ameaça as eleições no Brasil: Golpe ou não golpe?". Mais especificamente, abrindo o texto: "Com apenas seis semanas para a eleição, Bolsonaro vai aceitar o resultado?".
Não chega a arriscar uma resposta, registrando que, entre os entrevistados, "houve amplo desacordo" sobre as ameaças serem motivadas "por uma preocupação genuína com fraude ou apenas pelo medo de perder".
PROEMINENTES
The Wall Street Journal e Financial Times correram a noticiar que a "Polícia faz buscas contra empresários pró-Bolsonaro que falam em mantê-lo no poder". No início de ambos os relatos, "empresários proeminentes".
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