Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Kissinger vê mundo 'à beira da guerra' e defende 'equilíbrio'

'A política implementada por ambas as partes produziu e permitiu o progresso de Taiwan e preservou a paz entre China e EUA por 50 anos', afirmou o ex-secretário de Estado ao WSJ

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Aos 99 anos, em esforço de promoção de seu novo livro, lançado em julho, "Leadership" ou liderança, Henry Kissinger falou agora ao Wall Street Journal, depois de Bloomberg, CNN e da alemã Der Spiegel.

Na contracapa da edição de fim de semana, o ex-secretário de Estado foi mais detalhado sobre os conflitos crescentes dos EUA com a China e a Rússia. No destaque do jornal, ele teme o "desequilíbrio" global. Argumenta que, "se você crê que o resultado do seu esforço tem que ser a imposição dos seus valores, então o equilíbrio não é possível".

Os americanos, diz ele, se negam a separar a diplomacia das "relações pessoais com o adversário". Tendem a ver as negociações "em termos missionários, buscando converter ou condenar seus interlocutores em vez de penetrar em seu pensamento".

Nem sempre foi assim. "O período atual responde demais à emoção do momento", diz, daí seu principal alerta: "Nós estamos à beira da guerra com Rússia e China por questões que em parte nós criamos, sem nenhum conceito sobre como isso vai terminar ou a que deve levar". Sobre Taiwain, especificamente:

"A política implementada por ambas as partes produziu e permitiu o progresso de Taiwan para uma entidade democrática autônoma e preservou a paz entre China e EUA por 50 anos. Deve-se ter muito cuidado com medidas que parecem alterar a estrutura básica."

ROTA DE COLISÃO

New York Times e outros americanos destacaram que "Cinco parlamentares dos EUA chegam a Taiwan em meio a tensões com a China", numa visita que "pode contribuir para o ciclo de escalada", com Washington e Pequim em "rota de colisão". Ela teria supostamente sido programada antes da crise recente.

CRUZANDO O ESTREITO

Foi notícia também na imprensa taiwanesa, mas dividindo atenção com a repercussão de outra viagem, pouco noticiada nos EUA.

Como confirmou o Zhongguo Shibao, de Taipé, o vice-presidente do partido de oposição, Kuomintang, no governo até 2016, viajou para Xiamen, do outro lado do estreito, para medidas de apoio aos taiwaneses do continente, inclusive empresários. Também ela teria sido programada antes da crise.

OS NOMES E OS ROSTOS

Com a chamada "Os nomes e os rostos dos 36 civis palestinos mortos durante a operação de Israel em Gaza", o Haaretz, de Tel Aviv, destacou no final de semana, inclusive em sua edição impressa em hebraico, um painel de fotos das vítimas já confirmadas, metade delas crianças.

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