No New York Times, sobre o discurso na ONU, em Nova York, "Num palco global, o presidente do Brasil faz campanha pelo cargo que ele pode perder" (abaixo).
Abrindo o texto, "Bolsonaro foi o primeiro a falar na Assembleia Geral e passou grande parte do tempo resumindo suas realizações antes da eleição, em 12 dias". Ou seja, "parecia um discurso para os eleitores, o que provavelmente aliviou os líderes mundiais presentes".
Explica: "Isso porque a comunidade internacional tem monitorado de perto suas declarações em busca de sinais sobre se ele aceitará os resultados. Seguindo a cartilha do ex-presidente Trump, Bolsonaro vem questionando a confiabilidade dos sistemas eleitorais há meses".
Desta vez, "ele evitou qualquer menção às urnas".
Fora do jornal de Nova York, o discurso pouco ecoou, com as agências AP e Reuters ressaltando sua defesa de negociação na Ucrânia.
LULA OS TORNOU MUITO RICOS
Sobre a eleição, o noticiário externo continua a se concentrar em Lula, com a Bloomberg Businessweek publicando reportagem mais extensa, "Investidores amam e odeiam Lula uma década depois que ele os tornou muito ricos", com a ilustração acima.
Eles se dividem em dois grupos, investidores "estrangeiros que dão boas-vindas a seu retorno" e "locais que o odeiam". Em conclusão:
"A divisão entre os 'traders' reflete a polarização mais ampla no país. Lula recebe muito de seu apoio de cidadãos mais pobres que se lembram dos anos de prosperidade. Bolsonaro é muito mais popular entre as classes altas do Brasil, incluindo a maioria de homens brancos que compõem o núcleo da comunidade de investidores do país. Os estrangeiros o veem de forma diferente —e é o dinheiro deles, não o dos locais, que tende a determinar a direção do mercado."
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