Mesmo com o noticiário sobre a rainha e sobre a guerra, a home page da Bloomberg, durante três dias, até a manhã de terça, apontou como mais lida a reportagem "Lula estuda vice para ministério-chave no Brasil", com foto do ex-presidente ao lado de Geraldo Alckmin (abaixo).
"Inclusive Fazenda", salientou o serviço financeiro, explicando que Lula visa "reforçar o compromisso com uma agenda econômica moderada".
Em agências como AP e jornais como Libération, o foco se voltou para Lula "endossado por outra ex-rival", Marina Silva, "que construiu uma reputação internacional como paladina ambiental", em reconciliação "com beijo quase paternal", que "tinge de verde seu programa".
Também segue ecoando a notícia da Reuters, por Jakarta Post e outros, de que "Lula pressiona por aliança Brasil-Indonésia-Congo", para os países com mais floresta tropical chegarem juntos à conferência da ONU sobre o clima, em novembro, no Egito.
Artigo destacado no Arab News, jornal do governo saudita, avalia no título que a "proposta de Lula pode fazer maravilhas na COP27". Em suma, "será uma chance perdida monumental se as nações em desenvolvimento não conseguirem definir a agenda".
Especificamente: "Grandes países, como China, Índia, o anfitrião Egito, Bangladesh, Paquistão e Nigéria, precisam chegar a um entendimento rápido e aderir a essa proposta para que ela possa ser apresentada bem antes das deliberações da COP27 começarem".
INDONÉSIA NA MIRA
Sobre a Indonésia, que vai sediar também em novembro a cúpula do G20, o presidente Joko Widodo admite que "estuda importar" energia russa, em entrevista ao Financial Times —que já pressiona, dizendo que o país ficaria "vulnerável a sanções dos EUA".
Questionado expressamente se compraria da Rússia, respondeu que, "se derem preço melhor, é claro" que sim: "a energia está intimamente ligada aos interesses do povo".
UM PANTANAL DIFERENTE
A Economist foi até Aquidauana para tratar da novela "Pantanal", sublinhando que seu cenário natural vive "uma era diferente" (acima), três décadas depois. Seu clima foi afetado pelo desmatamento da Amazônia e pela queimada de 2020, deixando árvores "carbonizadas" e fazendo sumir animais, como as onças.
PARADO
Bolsonaro conseguiu apoio de Trump para sua "candidatura parada", anotou a Bloomberg, e agora vai atrás de "photo-op" com o corpo da rainha. Mas com tudo o que tem feito, inclusive "dinheiro para os pobres", ele "ainda está atrás na corrida", destaca o Washington Post.
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