Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Índia e China se juntam à Rússia para 'jogos de guerra'

Bloco militar da Ásia, sem 'unidade e hierarquia', deve ajudar a 'forjar a nova ordem mundial', diz acadêmico russo

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A agência americana Associated Press despachou o título "Rússia começa jogos de guerra com a China". Também na Fox News, "Rússia e China iniciam exercícios militares".

Outros, como a qatari Al Jazeera e a alemã Der Spiegel, noticiaram com atenção para um terceiro país, destacando como "Exercício militar da Rússia com China e Índia" e "China e Índia estão lá".

Por Times of India (reprodução abaixo) e Hindu, entre outros, os enunciados foram para o seu próprio país, "Contingente do Exército indiano participa do exercício Vostok-2022 na Rússia" e "Vostok começa com participação de Índia e China".

Os dois jornais sublinham que a Casa Branca, questionada sobre a presença da Índia no exercício, declarou "preocupação". E que o Vostok reúne outros contingentes militares de países da Organização para Cooperação de Xangai (SCO, da sigla em inglês).

A manchete do Hindu foi também para a organização, "Narendra Modi e Xi Jinping estudam encontro", o primeiro em quase três anos dos líderes indiano e chinês. Ele pode ocorrer já no próximo dia 15, "com ambos esperados na cúpula da SCO no Uzbequistão".

Além deles e Vladimir Putin, segundo o Wall Street Journal, devem estar presentes os presidentes do Irã e da Turquia.

Em análise prévia à cúpula, o acadêmico Dmitri Trenin, ex-Centro Carnegie de Moscou e hoje colunista na RT, diz que o bloco "representa metade da população e ajudará a forjar a nova ordem mundial".

"É improvável que a SCO se torne a versão não-ocidental da Otan", escreve. "Enquanto o bloco liderado pelos EUA está agora mais unido do que nunca em seu esforço para preservar a ordem construída no auge de seu domínio, as nações não-ocidentais não exibem nada semelhante a esse tipo de unidade e hierarquia."

ÍNDIA VS. CHINA, PELA RÚSSIA

Nos principais jornais econômicos indianos, com Bloomberg, "Índia é novo grande ‘player’ no mercado de petróleo russo antes dominado pela China". Agora está "concorrendo" com Pequim até pelo tipo mais refinado, com "recorde de embarques".

PRODUZIDO NA CHINA

Também da Bloomberg, "Carros, TVs e smartphones chineses estão substituindo as importações alemãs e sul-coreanas na Rússia, à medida que o mercado é reformulado por sanções e êxodo de marcas".

NÃO IMPORTAM?

Por jornais como Die Welt e Süddeutsche Zeitung, este com o título "Desprezo pelos eleitores? Forte crítica a Baerbock" (acima), a ministra alemã do exterior foi questionada pela frase "Não importa o que meus eleitores alemães pensam, vou apoiar o povo da Ucrânia", em evento europeu. A hashtag #BaerbockRuecktritt (Renúncia de Baerbock) encabeçou o Twitter do país na quinta, entre críticas da oposição, da Esquerda à conservadora CDU.

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