Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Biden antevê derrota na Câmara e agora quer paz com a Rússia

Em entrevista ao Punchbowl, provável novo líder republicano adiantou que Ucrânia perderá 'cheque em branco' dos EUA

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A Bloomberg abriu a terça nos Estados Unidos com a manchete "Biden diz que a Câmara é 'mais difícil' de manter que o Senado", avisando ao mercado que o presidente já adianta a perda de poder.

No New York Times, chamadas para "Como os republicanos podem ganhar o controle da Câmara" e "Nancy Pelosi diz que ataque ao marido afetará seu futuro político". A democrata preside a Câmara.

Foto de arquivo distribuída pela agência Reuters, do republicano Kevin McCarthy no Capitólio - Reuters

O provável substituto de Pelosi, o republicano Kevin McCarthy, deu a entrevista de maior impacto nesta reta final ao site Punchbowl News, três semanas atrás, ao dizer o que aconteceria no ano que vem, sob maioria de seu partido na Câmara:

"As pessoas vão estar no meio de uma recessão e não vão assinar um cheque em branco para a Ucrânia. Elas simplesmente não vão fazer isso... Não será um cheque em branco grátis."

Ato contínuo, a Casa Branca passou a vazar que Joe Biden questionou os gastos com a Ucrânia e é quem lidera a busca de paz com a Rússia.

Pela ordem, no Washington Post, "EUA pedem privadamente à Ucrânia que mostre que está aberta a negociar com a Rússia"; no Wall Street Journal, "Alto funcionário da Casa Branca envolvido em conversas não reveladas com principais assessores de Putin"; na Bloomberg, "EUA pedem silenciosamente aos bancos que mantenham alguns laços com a Rússia"; e no NYT, "EUA estão silenciosamente tentando fortalecer as perspectivas de negociações de paz".

Também em destaque na home americana da Bloomberg, "Eleitores focados na inflação desafiam a tentativa de Biden de mudar de assunto". Efeito da guerra e das sanções, a alta nos preços "emergiu como a questão principal" para os americanos na votação.

ÍNDIA & RÚSSIA

Segundo o WaPo, o líder indiano Narendra Modi "ofereceu assistência nas negociações de paz em ligação com Zelenski no mês passado. Ele foi rejeitado pelo ucraniano". Mas o NYT arrisca que a Índia, que "tem boas relações com a Rússia e com o Ocidente, pode ajudar a mediar".

A esperança americana foi anotada por indianos como Jagran e The Hindu, na cobertura da visita que o ministro do exterior, S Jaishankar, está fazendo a Moscou. Ele ressalvou não ser o único tema de sua conversa com o colega russo, Serguei Lavrov:

"Nossa reunião é dedicada a avaliar nossos laços, trocando perspectivas sobre a situação global e o que isso significa para nossos respectivos interesses. No que diz respeito aos laços bilaterais, nosso objetivo é formar um compromisso mutuamente benéfico e de longo prazo. Covid e as dificuldades comerciais afetaram a economia global; além disso, agora estamos vendo as consequências do conflito na Ucrânia."

MAIOR FORNECEDOR

Sobre as importações de petróleo, ressalta o Times of India, Jaishankar afirmou que "os laços com a Rússia são vantajosos para a Índia e nós vamos manter" as compras.

A agência indiana PTI, por Economic Times e outros, despachou no domingo que a "Rússia se torna o maior fornecedor de petróleo da Índia em outubro", passando Arábia Saudita e Iraque.

O paquistanês Dawn questionou o Departamento de Estado americano, sobre a notícia, e destacou que "Todo país pode importar petróleo russo como a Índia, dizem EUA".

ACENO AO BRASIL

Cada vez mais voltado a conteúdo não-jornalístico, o NYT sugeriu uma receita de purê de mandioca aos americanos no Dia de Ação de Graças, daqui a duas semanas, num "delicioso aceno ao Brasil" (acima).

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