O atentado frustrado contra a posse de Lula segue ecoando por veículos como o chinês Renmin Ribao ou Diário do Povo, com agência Xinhua, e a americana CNN.
Nos enunciados, respectivamente, "Polícia frustra ataque a bomba em aeroporto" e "Polícia prende homem suspeito de plantar explosivo na capital antes da posse presidencial".
Sites asiáticos como India Today e South China Morning Post destacam, com Reuters, que a "conclamação às armas por Jair Bolsonaro inspirou o plano de bomba no Brasil".
No francês Le Monde, com agência France Presse, o "apoiador de Bolsonaro" buscava "desencadear o caos" no país.
O jornal russo Izvestia acrescenta que, além do atentado frustrado, a polícia "desarmou cerca de 40 quilos de explosivos encontrados em uma área de mata perto de Brasília", com foto de coletes a prova de bala também no local.
Para o argentino Clarín (imagem acima), "Brasil está sob tensão por ameaça terrorista" e, com isso, Lula nem usaria carro aberto na cerimônia de posse, como havia feito anteriormente.
No mexicano Reforma, "Brasil eleva segurança para posse de Lula", também a chamada da financeira Bloomberg.
PARCERIA ALEMÃ
Artigo no berlinense Der Tagesspiegel afirma, no título: "Lula toma posse em 1º de janeiro. Alemanha volta a ter parceiro no Brasil". O presidente Frank-Walter Steinmeier estará na posse em Brasília e "gostaria de anunciar uma nova fase na parceria estratégica".
Entre outros pontos, "a Alemanha pode aprender com o Brasil a lidar com os movimentos antidemocráticos, porque o que é realidade no Brasil hoje pode estar reservado para a Alemanha amanhã".
VENTOS CONTRÁRIOS
No Financial Times, "Brasil encara dificuldades econômicas no momento em que Lula se prepara para assumir". Entre as "perspectivas sombrias", lista "altas taxas de juros, incerteza fiscal e a desaceleração global mais ampla".
"A economia está tendo que digerir uma série de aumentos de juros com o objetivo de domar a inflação. O nível atual de 13,75% limita o consumo e o investimento", avalia. "A economia também segue prejudicada por ineficiências estruturais, baixos salários e tendência para a desindustrialização."
TORTURA, DE NOVO
Em crise financeira, o Washington Post ainda produz jornalismo crítico, hoje raro nos EUA, caso da reportagem sobre o ex-primeiro-ministro do Iraque bancado pela Casa Branca que torturou opositores em 2021 (imagem acima). Segundo o jornal, "forças americanas estariam cientes do que acontecia no aeroporto de Bagdá".
Ao fundo, o site Axios noticia que Michael Bloomberg, magnata de mídia que tentou ser o candidato democrata a presidente, "compra o Washington Post se Jeff Bezos estiver interessado em vender".
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