Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Lula e cobertura externa não deixam Bolsonaro escapar

'Como cidadão comum, ele perde a imunidade que tinha', explica NYT, depois que ex-presidente 'foge para a Flórida'

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Lula falou ele mesmo do antecessor, sem citar nome, e as manchetes em tempo real no exterior o seguiram. Por Clarín e outros argentinos, "Lula assume e ataca Bolsonaro: ‘deve responder perante a lei’".

No inglês The Guardian, "Lula promete tirar o país da era de ‘devastação’ de Bolsonaro".

A alemã Der Spiegel destacou "O retorno do conciliador" Lula, acrescentando que, "enquanto isso, Bolsonaro partiu para a Flórida". A agência argentina Télam foi além, "Com Bolsonaro em fuga, Lula assume terceiro mandato".

O New York Times também evitou eufemismo, na home, "Lula se torna presidente do Brasil, Bolsonaro foge [flees] para a Flórida". Horas depois, mudou o enunciado para "Lula se torna presidente do Brasil, com Bolsonaro na Flórida", mas manteve o texto crítico.

"A decisão de Bolsonaro mostra a preocupação com seu futuro no Brasil", explica o jornal. "Ele está vinculado a cinco inquéritos, incluindo um sobre divulgação de documentos relacionados a uma investigação confidencial. Como cidadão comum, Bolsonaro perde a imunidade que tinha como presidente."

ADVERSIDADES

Veículos financeiros, como The Wall Street Journal, até destacaram o "notável retorno ao poder" de Lula, numa "volta por cima extraordinária de um homem que fez a vida superando adversidades".

Mas alertam que ele vai "encarar alguns de seus desafios mais difíceis, até hoje" —de reunificar o país à "economia se enfraquecendo", segundo a Bloomberg. E "com a China, maior parceiro comercial, em sua pior desaceleração em anos", no dizer do WSJ.

CHINA CRESCE

Por outro lado, na mesma Bloomberg, "Estimativa do PIB da China mostra que a economia cresceu pelo menos 4,4% em 2022". Em mensagem de fim de ano, Xi Jinping anunciou que o PIB superou 120 trilhões de yuans (US$ 17,4 trilhões) no ano passado, em comparação com 114,9 trilhões em 2021.

"Analistas haviam projetado que o crescimento desaceleraria para 3% em 2022", anota a reportagem, acrescentando que "economistas veem possibilidade crescente de recuperação mais rápida e forte mais à frente", este ano. "Os fundamentos que sustentam o crescimento de longo prazo permaneceram fortes", falou Xi.

Reprodução

‘LULAPALOOZA’

Surgida há mais de um mês como paródia, em mídia social no Brasil (imagem no alto), a expressão foi parar nos títulos de The Guardian a South China Morning Post no fim de semana.

Abaixo, a cobertura em festa também no USA Today, via Instagram:

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