No londrino Financial Times, hoje jornal de referência para vazamentos de Washington, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, "viaja para encontrar Índia, Brasil e outros do Sul Global a pedido de Kiev".
Outro país na lista é a África do Sul, e "autoridades da China também poderão participar". São "os outros membros do Brics, junto com a Rússia". Segundo o FT, "após o pedido ucraniano, Washington tem incentivado China, Índia, Brasil e África do Sul a comparecer" a encontro no fim de semana na Europa, em Copenhague.
"A ofensiva diplomática vem no momento em que [Volodimir Zelenski] reconhece que a muito saudada contraofensiva está progredindo mais lentamente do que o esperado", explica o jornal.
Além da diplomacia, houve um aviso, manchete no FT: "Fluxo de gás da Rússia através da Ucrânia pode parar no próximo ano, afirma Kiev". Logo abaixo, "Ministro da energia ucraniano diz que é improvável a renovação do contrato de trânsito para abastecer a Europa".
Na russa RT, o cientista político Dmitri Trenin, ex-Centro Carnegie, escreve sobre a estratégia de Vladimir Putin para o fim do conflito (acima). Em suma: "engajamento de longo prazo, levando a Rússia a prevalecer devido a maiores recursos, resiliência e disposição para sacrifício do que o Ocidente".
Trenin sublinha um efeito inusitado do cerco ocidental ao país:
"As sanções fizeram o que muitos consideravam impossível: tiraram a economia da trilha da dependência do petróleo e do gás. Os russos estão reaprendendo a fabricar o que antes podiam, mas não se preocupavam mais —aviões de passageiros, trens, navios, sem falar em roupas e móveis. O governo russo tem objetivos ainda mais altos, de recuperar o nível de soberania tecnológica que foi abandonado após o fim da União Soviética."
CHINA NA 'REINDUSTRIALIZAÇÃO'
Em extenso relato no Renmin Ribao (Diário do Povo), "Empresas chinesas impulsionam o processo de 'reindustrialização' do Brasil". Retrata a presença de fabricantes como Lenovo, TCL e Gree e ouve Hsia Hua Sheng, professor da FGV-SP, sobre a perspectiva de "mais oportunidades de cooperação industrial bilateral".
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