Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

'EUA se voltam para dentro' e entregam Ásia para a China

Imprensa japonesa destaca recuo americano e a busca de reaproximação comercial de Tóquio com Pequim

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O Nikkei questiona a falta de "avanços em comércio" na mais recente aposta americana para reunir aliados asiáticos, o Ipef (Quadro Econômico Indo-Pacífico). Um encontro do grupo em San Francisco acaba de dar em nada porque, no destaque do jornal financeiro japonês, "EUA se voltam para dentro".

Washington "continua em conflito sobre criar ou não um contrapeso" econômico à China, não só militar. "As conversas não conseguiram superar as divisões dentro dos próprios EUA."

O Yomiuri noticia cúpula Japão-China, com imagem do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, ao embarcar para San Francisco, nos EUA - Reprodução

O Financial Times, que é do Nikkei, também não gostou. "A Casa Branca reverteu abruptamente a ação que seria anunciada [em San Francisco] para se contrapor ao poderio econômico da China", com o Ipef, após pressão dos próprios democratas de Joe Biden.

Uma ex-autoridade americana lamentou: "Acabamos de entregar uma vitória dupla à China. A política americana é disfuncional, e a América não tem agenda econômica para a Ásia".

Também quinta, o Yomiuri revelou a organização de um encontro às pressas entre os líderes Fumio Kishida e Xi Jinping, em San Francisco.

No título do principal jornal do país, "Cúpula Japão-China reafirma relação mutuamente benéfica, baseada em interesses estratégicos comuns", visando "garantir interesses de ambos, como a economia" (reprodução acima). Ecoou por Bloomberg e outros.

Segundo o Nikkei, um dia antes os respectivos ministros de comércio se reuniram e criaram um grupo bilateral para rever sanções comerciais —de chips japoneses a minérios chineses essenciais para chips, de peixes a aço.

LITUÂNIA TAMBÉM

Outra aproximação inusitada com a China, por um aliado dos EUA, foi anunciada pela Lituânia, que vinha liderando o afastamento europeu de Pequim. Com eco em mídia social, o chanceler lituano disse à estatal LRT que "Vilnius e Pequim estão em negociação para normalizar relações". Aliás, "neste exato momento".

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