A rede bolsonarista dedicou postagens nas redes sociais neste domingo (15) colocando em dúvida a votação na urna eletrônica, mesmo sem apresentar provas que apontem sinal de fraude.

A tentativa de invasão de hackers, pela manhã, com posterior exposição de dados antigos de servidores do tribunal, além do atraso na divulgação dos resultados da eleição, alimentou a desinformação nas redes de aliados do presidente.

“Agora mais do que nunca temos que voltar a falar em #VotoImpresso como forma de conferir a votação eletrônica. Ninguém me convence que o sistema trave dessa forma sem fraude envolvida. Posso estar errada, por isso quero poder conferir os votos da minha urna”, escreveu a deputada Carla Zambelli (PSL-SP).

O filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), também aproveitou para espalhar desinformação e defender o voto impresso, antiga bandeira de Jair Bolsonaro.

“Noticiam que TSE foi atacado por hackers. TSE nega. Então são expostos bancos de dados do TSE. Isso traz um clima de insegurança, que faz as pessoas desconfiarem que o atraso na divulgação possa ser um novo ataque hacker ou manipulação já que não há transparência”, escreveu o filho 03, que disse ter apresentado um projeto de lei para dar segurança à apuração mencionando vedações ao voto por carta e digital, recursos que não são usados no Brasil.

Candidata a prefeita de São Paulo, rompida com Bolsonaro, Joice Hasselmann (PSL) escreveu no Twitter que os votos para Guilherme Boulos (PSOL) cheiravam à fraude.

“Fraude? Será? Tem todo cheiro”, escreveu.

O ministro Luís Roberto Barroso (TSE) informou que apenas dados antigos do tribunal foram expostos, e que o sistema de apuração não circula na internet, por isso, não pode ser alvo de invasores.

A demora na divulgação ocorre, segundo ele, por uma falha no supercomputador que soma dos dados enviados pelos TREs (tribunais regionais eleitorais), mas que isso não afetou a coleta de votos nem o resultado.