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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Em áudio, vice-presidente do Einstein fala em aumento de Covid-19 entre ricos e diz temer casamentos lotados

Marcos Knobel afirma estar muito preocupado e conta ter atendido, em um dia, 12 pacientes com a doença

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Em áudio enviado a um rabino, o médico e vice-presidente do Hospital Israelista Albert Einstein Marcos Knobel disse que está muito preocupado com casamentos, que teme que eles possam gerar contaminação em massa e pede que o interlocutor considere tomar alguma atitude em relação a um casamento com 300 pessoas que iria acontecer.

“A gente está tendo agora uma onda de Covid, toda a classe socioeconômica média-alta para alta, ou seja, incidindo muito no ambiente em que a gente convive”, afirmou Knobel na semana passada, em áudio que se espalhou.

“O senhor não sabe como a gente está pegando casos. Ontem eu tive 12 pacientes que me ligaram e que eu atendi com Covid. Cada momento é um atrás do outro. E todos pegando em aglomeração: almoços, jantares”, completou o médico cardiologista.

"Como eu sei que vai ter um casamento para 300 pessoas, isso me deixa muito preocupado. Eu temo que a gente possa ter uma contaminação em massa nesses casamentos. (...) Eu fico imaginando 300 pessoas juntas, comendo juntas, isso vai ser terrível", explicou.

Ao Painel Knobel disse se tratar de um áudio particular e que não gostaria de comentar de que casamento estava falando e quem é o rabino. Mas reforçou o alerta.

“Jantares, restaurantes, eventos, festas, danças. Tudo isso culminou no que estamos vendo agora”, diz.

“Os hospitais particulares estão enchendo novamente, os públicos também, o governo mudando regras de leitos de Covid. Está tudo voltando como ao começo”, completa.

Ele explica que estava sugerindo ao rabino orientar todas as pessoas para tentar evitar o relaxamento.

“O objetivo é evitar festas. Por exemplo, quantas festas de Réveillon têm marcadas? Recebo pacientes jovens falando de Réveillon em Trancoso. Isso tem que ser evitado”, diz.

Knobel diz que quer bater na tecla do distanciamento social.

“Não tem como [aglomeração]. Estamos em uma fase em que a vida é mais importante. Vai num restaurante em que baixa a guarda com amigos, abaixa a máscara que te protege, isso que não dá”.

Ele diz que é cedo para falar em segunda onda no Brasil.

“A curva da Europa eles subiram muito rápido, tiveram um platô curto, desceram muito rápido e no verão relaxaram demais e tiveram segunda onda mesmo. A gente está numa descendente do platô”.

Sobre os cuidados, recomenda distanciamento social. “Não precisa ficar preso em casa, mas quando for sair: distanciamento, máscara, higienização. Isso é vital para todos”.

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