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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Falta direção clara ao PSDB, diz tucano Aloysio Nunes, que apoia João Doria para 2022

Ex-chanceler pondera que governador pode ter desgaste de imagem se entrar em briga partidária

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O ex-senador tucano Aloysio Nunes Ferreira, um dos presentes no encontro organizado por João Doria nesta segunda-feira (8) para discutir os rumos do partido, disse no evento que atualmente falta direção ao PSDB. Ele defende que o partido se coloque claramente como oposição a Jair Bolsonaro.

"O essencial agora é o PSDB se colocar contra o Bolsonaro e a extrema direita. Esse foi um tema absolutamente consensual na reunião que fizemos", disse Nunes.

O ex-chanceler aponta que a eleição para a presidência da Câmara mostrou que essa não é uma posição homogênea no PSDB atualmente. A despeito de o partido ter integrado bloco de Baleia Rossi (MDB-RS), diversos deputados tucanos votaram em Arthur Lira (PP-AL), candidato de Bolsonaro que foi eleito.

"Quando o deputado se elege, o deputado médio quer ser reeleito, quer ter o pedaço de orçamento, emendas, fundo partidário. Nessa eleição, não foi colocado o tema ideológico. É apenas um movimento tradicional da política brasileira que faz do fisiologismo e do paroquialismo uma forma de sobrevivência", diz Nunes.

"Precisamos atrair para o PSDB, de uma maneira harmônica, um número amplo de parlamentares, governadores, prefeitos, para essa posição. E isso a partir de uma definição clara da direção do partido, que tem faltado", completa.

O ex-senador tucano Aloysio Nunes Ferreira durante lançamento de livro na Livraria Cultura, em SP
O ex-senador tucano Aloysio Nunes Ferreira durante lançamento de livro na Livraria Cultura, em SP - Mathilde Missioneiro-26.set.2019/Folhapress

Ainda assim, Nunes fez ponderações à ideia de Doria de tentar se tornar presidente do PSDB em maio, abreviando o mandato de Bruno Araújo e pavimentando o caminho para sua candidatura à Presidência da República em 2022.

Ele acredita que o processo poderia gerar desgaste ao governador em momento em que, avalia, ele tem tido ganhos de imagem.

"Disse que não seria bom para ele nem para o PSDB ele enfrentar uma disputa interna. No meio de uma pandemia, de uma crise, no meio de pessoas ficando ao léu com o fim do auxílio emergencial. Três meses o governador de São Paulo em uma luta interna do partido. Podendo ganhar ou perder", explica Nunes.

"Ponderei que isso poderia ser algo que colocasse em risco o capital político que ele tem acumulado em sua gestão, especialmente na pandemia, com a liderança do processo de combate à Covid-19. Ele acumulou capital político que é reconhecido amplamente”, afirma Nunes ao Painel.

“O mais importante é pandemia, crise, desemprego, os arreganhos autoritários do Bolsonaro. Para isso que a liderança dele é importante, e não para disputar votos de diretório nacional. E ele concordou com o que disse”.

O ex-senador diz que Doria é o seu candidato para 2022.

A reunião organizada pelo governador detonou reações no partido. O Painel mostrou que a ala gaúcha do partida, que circunda Eduardo Leite (PSDB-RS), falou em autoritarismo de Doria.

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