Em mensagens enviadas por WhatsApp em fevereiro, Walace Sampaio, presidente do sindicato dos comerciantes (Sincomércio) de Bauru, fala em colocar fiscais da vigilância sanitária para correr e descreve ações nesse sentido.
A taxa de ocupação de leitos na cidade é de 118% atualmente.
Em uma delas, ao saber que uma loja havia, segundo ele, sido notificada por permitir a entrada de clientes, ele diz ter acionado seus contatos, que então alcançaram os fiscais. “Após pequena discussão, sem violência, foram botados para correr e sumiram de lá”.
Em outra mensagem, Sampaio fala em criar uma corrente do bem: “aos que estiverem abertos e forem fiscalizados, peço que informem aqui, vamos todos pra lá protestar sem violência e botar eles para correr”.
Ele diz ao Painel que as frases foram retiradas de contexto e que os diálogos “foram frente a denúncias de prepotência e arrogância dos fiscais com ameaças de fecharem as lojas”.
Ele afirma que “botar para correr” foi uma frase dita informalmente e que não falava na condição de presidente do sindicato do comércio, mas como pessoa física.
"Fatos do passado como esses tem que ser analisados no contexto da época que, salvo equívoco, tinha ainda o decreto municipal em vigor. Todo o contexto dos diálogos foram frente a denúncias de prepotência e arrogância dos fiscais com ameaças de fecharem as lojas. Frases retiradas do contexto, embora nada contenham de errado, ficam difícil de compreender", diz Sampaio.
"Interessante notar que os diálogos desmentem as notícias de que a prefeita [Suéllen Rosim, do Patriota], acusada de vassala do presidente, não estaria fiscalizando a cidade. Hoje de manhã me reuni com sete ou oito fiscais do município, acompanhados de viaturas policiais e esclarecemos a razão de nosso contato.Sem nenhum problema", completa.
Sampaio foi um dos articuladores de protesto contra as medidas de restrição promovidas pelo governador João Doria (PSDB-SP) realizado em fevereiro.
Participaram da manifestação a prefeita da cidade e o empresário bolsonarista Luciano Hang.
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