Presidente do Conselho do Hospital Albert Einstein e da Conib (Confederação Israelita do Brasil), Cláudio Lottenberg diz ao Painel que os ataques e movimentos para boicote das empresas cujos representantes participaram de jantar com Bolsonaro na quarta (7), em São Paulo, são reflexo de imaturidade das pessoas.

“Gostam de atacar, não compreendem o que é exercício da democracia e agem mais uma vez com intolerância”. Ele afirma que ninguém pode ser contra o diálogo.

Lottenberg afirma que o jantar não representou “nenhum apoio político ao presidente nem ligação com os caminhos políticos dele”. Sobre os aplausos a Bolsonaro, diz que todos que falaram foram saudados da mesma forma e que "faz parte de uma cordialidade, de uma etiqueta quando se recebe um presidente da República, tratá-lo com denodo."

Lottenberg fez discurso na ocasião em que elogiou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que ele disse conhecer e que se trata de uma pessoa com bom caráter.

"Fiz o registro de que nós, como brasileiros, vemos com bons olhos o fato de termos no ministério um técnico que é um médico respeitado nas sociedades médicas e que tem procurado se basear nas melhores referências no encaminhamento do cenário da pandemia, dando sinais claros com todo o processo de vacinação sendo uma de suas prioridades, se não a principal."

Ele também comemorou a aproximação recente entre os governos do Brasil e de Israel, “que representa a única e verdadeira democracia no Oriente Médio. E isso vem ao encontro dos princípios de liberdade de todos nós brasileiros."

“Eu quis, ou pelo menos tentei, sensibilizar o presidente quanto ao processo de vacinação. Espero que, se ele levar em consideração, vá participar de uma forma mais produtiva, buscar as vacinas que tanto precisamos”, diz também Lottenberg sobre sua intervenção.

Além dele, participaram do encontro nomes como Luiz Carlos Trabuco Cappi, do Bradesco, Rubens Ometto, da Cosan, André Esteves, do BTG Pactual, Alberto Saraiva, do Habib's, e João Camargo, do grupo Alpha.