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Governo de SP rebate Queiroga e diz que morte de jovem não justifica paralisar vacinação

Interrupção é defendida pelo governo federal após óbito de adolescente

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O governo de São Paulo considera desnecessário interromper a imunização de adolescentes contra a Covid-19 em razão da morte de uma jovem de 16 anos após ter se vacinado em São Bernardo (SP), no início do mês.

Vacinação de adolescentes no Memorial da América Latina, em São Paulo - Rivaldo Gomes/Folhapress

O caso vem sendo usado como argumento pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, como justificativa para interromper a imunização de adolescentes entre 12 e 17 anos sem comorbidades.

“A morte dessa adolescente está sendo avaliada pela Vigilância Sanitária e pela Anvisa. Por enquanto há apenas uma coincidência de datas, não sabemos se existe uma relação com a vacina”, afirma João Gabbardo, coordenador-executivo do Comitê Científico do estado de São Paulo.

Sendo assim, diz Gabbardo, não se justifica atender ao que vem pedindo o governo federal. Não há previsão para que a averiguação do caso seja concluída.

“Não é necessário suspender. Uma coisa é interromper a aplicação da vacina no processo de avaliação de segurança, a fase 3, quando há um número pequeno de pessoas recebendo a dose. Outra coisa bem diferente é com uma vacina já testada e aplicada em larga escala. Só no Brasil já temos mais de 3 milhões de adolescentes vacinados”, afirma.

Toda aplicação de vacinas em larga escala, diz o médico, pode ter uma proporção ínfima de casos de efeitos colaterais. “Mas esse efeito é incomparável com o beneficio que a vacinação traz”, diz. Os adolescentes recebem doses da Pfizer, única autorizada a ser usada nessa faixa etária.

Para Gabbardo, o governo federal está apenas usando o caso como desculpa para parar a vacinação por falta de doses.

“Estão usando isso como pretexto de forma desastrosa, porque isso deixa as pessoas inseguras, intranquilas”.

Ele diz ainda que não sabe qual o prazo para a normalização do fornecimento pelo governo federal de frascos da AstraZeneca para São Paulo, que são necessários para a aplicação da segunda dose.

Enquanto esse fluxo não é restabelecido, a orientação segue sendo de usar a segunda dose da Pfizer mesmo para os que tomaram AstraZeneca na primeira aplicação.

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