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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu Folhajus

Prefeito de SP diz que estranha portaria de Bolsonaro que proíbe demissões por falta de vacina

Ricardo Nunes (MDB) também aponta que ela parece ir contra decisões recentes da Justiça do Trabalho

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), diz ao Painel que estranha a portaria publicada pelo governo Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (1º) que proíbe a demissão ou a não-contratação de funcionários por não apresentação de certificado de vacinação.

Como revelou a coluna, a Prefeitura de São Paulo começou a demitir funcionários que se recusaram a tomar vacinas contra a Covid-19 no final da última semana. Por determinação do prefeito, a administração municipal também começará a pedir comprovantes de vacinação nas nomeações

"As decisões da Prefeitura de São Paulo desde o início da pandemia têm tido o propósito exclusivo de proteger e preservar a saúde e a vida dos cidadãos paulistanos e são baseadas nas recomendações da equipe de saúde", afirma o prefeito, por mensagem.

"Estranhamos a referida portaria, que parece ir contra até as mais recentes decisões da Justiça do Trabalho", completa.

Na portaria, assinada por Onyx Lorenzoni (Trabalho), a obrigatoriedade de certificado de vacinação em processos seletivos de admissão de trabalhadores, assim como a demissão por justa causa de empregado em razão da não apresentação do certificado, é descrita como prática discriminatória.

A portaria destaca que o rompimento da relação de trabalho por esse motivo dá ao empregado o direito a reparação por dano moral e a possibilidade de optar entre a reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento ou o recebimento, em dobro, da remuneração do mesmo período.

"Ao empregador é proibido, na contratação ou na manutenção do emprego do trabalhador, exigir quaisquer documentos discriminatórios ou obstativos para a contratação, especialmente comprovante de vacinação", diz a portaria.

Em vídeo, Onyx Lorenzoni disse que a portaria dá proteção ao trabalhador e que "tanto a Constituição brasileira como a consolidação das leis do trabalho não fazem essa exigência" do comprovante de vacinação. "Ao contrário, há o livre arbítrio, há uma decisão que é de foro íntimo de cada pessoa".

Especialistas têm destacado que a vacinação do maior número possível de pessoas em uma sociedade é fundamental para gerar proteção coletiva e superar a pandemia da Covid-19.

O avanço da imunização no Brasil, com pouco mais da metade da população totalmente vacinada contra a Covid-19, tem feito com que os números de casos, hospitalizações e mortes despenquem.

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