O novo desembargador do Tribunal de Justiça de Rio de Janeiro, Paulo Wunder, foi alvo da investigação que levou à prisão do ex-procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, acusado de envolvimento no esquema do ex-governador Sérgio Cabral.
Arquivada por falta de provas, a apuração tinha como objetivo identificar a suposta participação de Wunder no vazamento de informações sobre investigações no Ministério Público do Rio de Janeiro, onde ele era promotor até tomar posse nessa sexta-feira (10) como desembargador.
Ele foi mencionado 26 vezes em depoimentos de três promotores responsáveis por uma operação "vazada", segundo a denúncia, por Lopes ao ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes. Eles desconfiavam que Wunder era o responsável por repassar informações sobre investigações sensíveis ao ex-procurador-geral.
Durante a gestão de Cláudio Lopes à frente do MP-RJ, Wunder comandou a Coordenadoria de Segurança Institucional, órgão responsável pelo apoio a operações da Promotoria.
O MP-RJ não identificou envolvimento de Wunder no episódio e arquivou a apuração contra ele. Lopes foi denunciado ao Órgão Especial e nega as acusações.
"Ficou demonstrado que não vazei informação alguma. Exatamente por isso que não fui denunciado, tampouco incluído como testemunha, seja do MP ou da defesa", disse o desembargador.
Wunder foi escolhido pelo governador Cláudio Castro (PL) para assumir a vaga do MP-RJ no Tribunal de Justiça.
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