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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu Folhajus

STF deve julgar deputado Daniel Silveira ainda neste semestre

Ministros estimam haver maioria na Corte pela condenação do parlamentar, hoje pré-candidato ao Senado

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Embora ainda não conste na previsão deste semestre, o julgamento da ação penal contra o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) deve ser incluído na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) até o recesso do meio do ano. O processo foi liberado para análise em 21 de janeiro.

O deputado federal Daniel Silveira (RJ), que foi preso no ano passado e pretende se candidatar - Ueslei Marcelino/Reuters

Silveira foi preso em fevereiro de 2021 após publicar vídeos nas redes sociais com ataques aos ministros do STF. Em março, ele chegou a ser liberado para cumprir prisão domiciliar, mas acabou voltando ao cárcere em junho, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), por violações à tornozeleira eletrônica.

O deputado é pré-candidato ao Senado no Rio de Janeiro e, embora seja ano eleitoral, a expectativa é de que o julgamento não gere os mesmos atritos com o Palácio do Planalto que ocorreram no ano passado.

Um dos dois ministros indicados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), Kássio Nunes e André Mendonça, pode pedir vista e suspender a discussão do tema.

O STF acatou a denúncia contra Silveira em abril de 2021. A PGR defende a condenação do deputado por ameaçar os ministros, com base no argumento de que o direito à liberdade de expressão só é absoluto "quando considerações conflitantes mais urgentes não estiverem presentes". Nos bastidores, integrantes da Corte reconhecem haver maioria para condená-lo.

A prisão de Silveira, aliado de Bolsonaro, serviu como combustível na crise entre o Palácio do Planalto e o Judiciário. Em 17 de janeiro, o presidente voltou a criticar as medidas contra o parlamentar em entrevista a uma rádio do Espírito Santo. Ele afirmou que estão "cerceando os nossos direitos" e que a liberdade de expressão é "sagrada".

"Como parlamentar, tem até o que seria uma garantia para você e não é mais. Lá [na Constituição] está escrito que você é civil e penalmente inimputável por quaisquer palavras, opiniões e votos", declarou Bolsonaro.

"Nós vimos a prisão de um deputado [Daniel Silveira, do PSL] por sete meses, que não valeu para ele essa imunidade —imagine para a população", afirmou.

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