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Delegados da PF reclamam de prerrogativa de candidatos escolherem coordenadores de segurança

Avaliação é de que a medida permite critérios políticos se sobreporem aos técnicos

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Brasília

Delegados da Polícia Federal (PF) ficaram incomodados com a prerrogativa que foi dada aos candidatos à Presidência de escolher os responsáveis pela sua segurança.

Em fóruns de debate na tarde desta terça-feira (31), alguns classificaram a medida como absurda, por permitir que critérios políticos possam se sobrepor aos técnicos. Disseram que a medida favorecerá a escolha de "militantes", não de agentes, e que a PF já está "totalmente política".

Em 2018, Alexandre Ramagem fez a segurança de Jair Bolsonaro e depois foi indicado para a direção do órgão, mas acabou barrado pelo STF.

Um delegado ouvido sob condição de anonimato afirma que o modelo foi acertado com os partidos políticos e nenhum deles contestou. O objetivo é que os coordenadores da segurança possam ter alguma afinidade com os candidatos.

Viatura da Polícia Federal. Crédito: Reprodução/TV Globo - Reproducao/TV Globo

Os contrários, no entanto, criticam que eventual posição política dos integrantes da corporação possa influenciar qualquer decisão. Mesmo que haja preferências pessoais, a PF deveria ser uma instituição de estado e apartidária, alheia ao jogo eleitoral, sustentam. Procurada, a Polícia Federal não respondeu.

A Polícia Federal apresentou nesta terça-feira (31) um esquema de segurança inédito que será disponibilizado para a proteção dos candidatos à Presidência da República.

Conforme antecipado pela Folha, o reforço na operação de garantia da segurança dos postulantes ao Palácio do Planalto foi feito diante do atual cenário de polarização e tensão política, bem como o histórico de violência no pleito anterior.

Entre outros pontos, o plano apresentado pela PF envolve a criação de um grupo de inteligência de segurança aos presidenciáveis e a definição de uma metodologia para identificar os riscos contra cada candidato.

Cada postulante poderá escolher o responsável pela sua segurança dentro de uma lista definida pela PF. Foram selecionados agentes que trabalharam em eleições passadas ou em grandes eventos, como as Olimpíadas.

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