A ação contra empresários suspeitos de defender golpe em caso de vitória de Lula (PT), autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, gerou incômodo para além da ala bolsonarista do PIB.

Industriais procuraram a cúpula da Fiesp para destacar que a ênfase na defesa do Judiciário na carta pela democracia, divulgada pela instituição no início do mês, agora se mostra errada, e que melhor teria sido se concentrar na harmonia entre os Poderes.

Eles dizem ter visto a ação da Polícia Federal como ataque à liberdade de expressão.

Um dos parágrafos do manifesto da Fiesp se dedica a exaltar o papel do Judiciário brasileiro, especialmente do STF.

"As entidades da sociedade civil e os cidadãos que subscrevem este ato destacam o papel do Judiciário brasileiro, em especial do Supremo Tribunal Federal, guardião último da Constituição, e do Tribunal Superior Eleitoral, que tem conduzido com plena segurança, eficiência e integridade nossas eleições respeitadas internacionalmente, e a todos os magistrados, reconhecendo o seu inestimável papel, ao longo de nossa história, como poder pacificador de desacordos e instância de proteção dos direitos fundamentais", diz o trecho, que parte dos industriais já recebeu com olhar crítico antes da divulgação.