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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Meirelles diz que Bolsonaro não reconhecer resultado eleitoral não muda nada

Ex-ministro pondera, no entanto, que grande mobilização pode gerar efeito negativo

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São Paulo

Henrique Meirelles diz que o impacto econômico de Jair Bolsonaro (PL) eventualmente não reconhecer o resultado das eleições caso não saia vitorioso deve ser praticamente inexistente. O ex-presidente do Banco Central e ex-ministro declarou apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana passada.

Para Meirelles, o precedente nos Estados Unidos com Donald Trump, que não reconheceu a derrota para Joe Biden e falou em fraudes eleitorais sem apresentar provas, mostra que os efeitos de atitudes do tipo não costumam ter repercussão no médio prazo em termos econômicos.

"Aconteceu nos Estados Unidos, inédito lá também, o Donald Trump não reconheceu a vitória do Biden. Tudo bem, direito dele, não reconhece. Reclamar e não reconhecer, tá bom, tudo bem, sem problemas, o Trump também não reconheceu", afirma Meirelles ao Painel.

O ex-ministro Henrique Meirelles durante encontro com empresários
O ex-ministro Henrique Meirelles durante encontro com empresários - Mathilde Missioneiro/Folhapress

Ele foi ouvido por empresários durante jantar no restaurante Carat, em São Paulo, na terça-feira (27). O evento foi organizado pelos empresários Rafael Prado e Vinícius Trapani, da Confraria SP, que também compareceram.

Meirelles pondera, contudo, que a reação de Bolsonaro pode ter efeito econômico se gerar movimentação de rua significativa.

"Se houver conflito, pode prejudicar um pouco. Depende da capacidade de mobilização real. Se tiver guerra civil na rua é outra coisa", afirma.

No encontro, o economista disse que não vê espaço para expansão da dívida pública para aumentar a capacidade de investimento em 2023, o que tem sido debatido pelos aliados de Lula.

"O Risco Brasil está elevado, e se a dívida começa a subir muito, sobe a taxa de juros, sobe o risco, é um problema. Acho que a solução é o contrário, cortar despesas desnecessárias e abrir espaço para investir e trazer capital privado para investir através de licitações", disse o ex-ministro.

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