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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Rodrigo quer reforçar 'padrinhos' de Haddad e Tarcísio em busca do 2º turno

Campanha também vai enfatizar legado do PSDB e o que tucano tem feito como governador de São Paulo

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Alvo preferencial dos adversários no terceiro debate entre candidatos ao governo de São Paulo, o tucano Rodrigo Garcia (PSDB) pretende enfatizar, nas duas semanas que restam para o 1º turno das eleições, os padrinhos políticos de seus principais rivais na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

A campanha deve reforçar a associação de Fernando Haddad (PT) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) com o presidente Jair Bolsonaro (PL), de acordo com o presidente do PSDB na capital paulista, Fernando Alfredo.

Rodrigo Garcia (PSDB), candidato ao governo de São Paulo
Rodrigo Garcia (PSDB), candidato ao governo de São Paulo, ao final de debate realizado em 17 de setembro - Ronny Santos/Folhapress

O objetivo é consolidar o nome do tucano em um eventual segundo turno das eleições para o governo do estado. Pesquisa Datafolha divulgada em 15 de setembro mostra o atual governador com 19% das intenções de votos, quatro pontos percentuais a mais do que havia registrado no levantamento anterior, o que o deixa tecnicamente empatado com Tarcísio na segunda colocação.

Ao reforçar a ligação dos adversários com os líderes das pesquisas de intenção de voto à Presidência, Rodrigo tenta se colocar como uma opção ao eleitor anti-Lula e anti-Bolsonaro em São Paulo e manter a trajetória ascendente.

Para Fernando Alfredo, há uma tentativa nas campanhas de Haddad e Tarcísio de esconderem esse apadrinhamento. "O próprio Haddad não cita o Lula. Toda vez que ele é perguntado sobre os escândalos de corrupção ou quando a gente fala que os processos [contra Lula] voltaram à fase inicial, e que ele [Lula] não foi inocentado, ele foge pela tangente", diz.

"E o Tarcísio nem se fala, porque o Tarcísio, além de esconder o padrinho, de fato, agora ele fala que não tem nada a ver com Bolsonaro", critica o presidente do PSDB na cidade de São Paulo. "Ele é responsável por mais de 300 mil mortes pelo menos da Covid-19, porque ele estava do lado do Bolsonaro quando ele foi negacionista em relação à vacina."

"É isso que ele precisa falar para o estado de São Paulo. Quantas vidas deixariam de ser ceifadas se ele tivesse sido um ministro coerente e dito 'Bolsonaro, precisamos comprar vacina, precisamos combater a pandemia, você tem que dar o exemplo como líder'?", questiona.

A estratégia também passa por mostrar a atuação de Rodrigo como governador e a forma como ele comanda o estado. "Antes ele era só o copiloto, agora ele é o piloto desse grande Boeing que é o estado de São Paulo", diz Alfredo.

"E o Rodrigo tem deixado claro que o grande padrinho nesta eleição é o legado tucano de 28 anos que ele vai continuar defendendo para o estado de São Paulo não cair na mão de quem não trabalha, que é o Haddad, e de um outro aventureiro, que é o Tarcísio."

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