O ataque do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) contra agentes federais que foram prendê-lo em sua casa, no último domingo (23) gerou uma explosão de menções no Twitter, afetando sobretudo a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Foram 2,4 milhões de menções até a quarta-feira (26), segundo levantamento feito pela Escola de Comunicação, Mídia e Informação (ECMI), da Fundação Getulio Vargas (FGV). Destes, 1,38 milhão apenas no dia do episódio.
O ataque de Jefferson, que feriu dois policiais federais e terminou com sua prisão, foi disparado o evento de maior repercussão no segundo turno, mesmo tendo ocorrido na última semana de campanha.
Em segundo lugar ficaram as menções sobre salário mínimo, geradas após uma reportagem da Folha mostrando um plano do Ministério da Economia de desvincular o reajuste da inflação. Houve 1,87 milhão de citações, em geral críticas a Bolsonaro. O tema foi muito explorado pela campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Já a repercussão da frase "pintou um clima", dita pelo presidente ao se referir a um encontro com meninas venezuelanas no entorno de Brasília, gerou 903 mil menções no Twitter.
No caso de temas mais ligados à campanha de Lula, a liderança coube a tuítes relativos à pobreza na América Latina, com 800 mil referências.
Segue-se o tema da associação com facções, uma referência a acusações de bolsonaristas de que Lula teria elo com organizações como o PCC (Primeiro Comando da Capital), que mereceu 700 mil menções no Twitter.
Em terceiro lugar a perseguição religiosa na América Latina, com 399 mil menções. O tema foi motivado pelo fechamento de igrejas na Nicarágua pelo ditador de esquerda Daniel Ortega, aliado histórico de Lula.
O levantamento também abrangeu os temas mais mencionados no Twitter durante o segundo turno, e a comparação com o primeiro.
O maior volume de tuítes ocorreu com relação aos temas segurança e corrupção, em que houve 8,45 milhões de menções no segundo turno, contra 5,13 milhões no primeiro, aumento de 64,7%.
O maior salto, no entanto, foi com relação a religião, em que houve crescimento de 110%, de 2,69 milhões para 5,69 milhões.
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