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Centrais sindicais vão se afastar de conselho de Rodrigo após adesão a Bolsonaro

Presidentes afirmam que se sentiram traídos pelo governador de SP e que apoio é inconcebível

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São Paulo

As seis grandes centrais sindicais marcaram reunião para esta quinta-feira (6) para discutir o afastamento do Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda (Ceter) do Governo de São Paulo.

O movimento acontece em reação à decisão de Rodrigo Garcia (PSDB) de manifestar apoio a Jair Bolsonaro (PL) na disputa presidencial.

A decisão será debatida antes de ser oficializada nesta quinta ou na sexta (7), mas já é dada como certa pelos presidentes das maiores centrais sindicais. Participarão do encontro representantes de CUT, Força Sindical, UGT, CSB, CTB e Nova Central.

O Ceter foi criado em abril de 2021 e surgiu por meio de reaproximação costurada pelo então governador João Doria (PSDB) com as centrais sindicais.

Rodrigo Garcia (PSDB) durante declaração de apoio a Jair Bolsonaro (PL)
Rodrigo Garcia (PSDB) durante declaração de apoio a Jair Bolsonaro (PL) - Bruno Santos-4.out.2022/Folhapress

Trata-se de órgão deliberativo com 18 membros, sendo seis cadeiras para o governo, seis para empregadores e seis para os sindicalistas. Cada uma das centrais tem um assento no conselho.

Entre suas atribuições estão o controle da aplicação dos recursos do Fundo do Trabalho do Estado de São Paulo (Funtesp) e a deliberação, acompanhamento e fiscalização das políticas de trabalho, emprego e renda no estado.

"O Rodrigo nos decepcionou muito com a decisão que tomou. Vamos, de forma unitária, nos afastar do conselho. Apoiar o Tarcísio [de Freitas] seria até normal, já que ele está no campo da direita. Mas apoiar o Bolsonaro depois de tudo que ele fez contra São Paulo, contra a vacina e contra o Doria é uma traição. Ele traiu os preceitos mais relevantes de São Paulo. Nós nos sentimos traídos por ele", afirma Ricardo Patah, presidente da UGT.

"É um governo em fim de mandato e que decidiu um apoio de maneira antidemocrática, sem nem ouvir o partido dele. Vamos nos retirar momentaneamente. Pegou muito mal o jeito que o Rodrigo Garcia fez. Apoio incondicional, isso não existe", diz Miguel Torres, da Força Sindical.

"Não tem cabimento o que o Rodrigo fez. Com tanta tragédia que o Bolsonaro fez com o país, tanto ataque à classe trabalhadora, ele vai lá e declara apoio. Para nós é inconcebível. Nossa saída é um protesto. Se o caminho é esse, estamos fora", afirma Sergio Nobre, da CUT.

"A gente se entusiasmou durante a gestão do Doria em participar do conselho para discutir desenvolvimento, emprego. Com Bolsonaro não dá para discutir nada disso. É uma decisão que vai ser unânime por parte das centrais", conclui.

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