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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Holiday é chamado de 'neguinho' por Bolsonaro, mas diz não ver racismo

Vereador diz que contexto foi abraço em reencontro após cinco anos; ele já se referiu de modo crítico ao termo no passado

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São Paulo

O vereador paulistano Fernando Holiday publicou vídeo nesta sexta-feira em que mostra encontro com Jair Bolsonaro (PL), a quem decidiu apoiar no segundo turno da disputa presidencial. O vídeo mostra o presidente utilizando o termo "neguinho" para cumprimentar Holiday, que diz ao Painel que não houve preconceito.

Bolsonaro recepciona Holiday com um abraço e diz "vai, neguinho". Em ocasiões anteriores, o vereador e o Movimento Brasil Livre (MBL), do qual ele fez parte, já se referiram criticamente ao termo.

"Ciro Gomes é de uma família antiga: os Ferreira Gomes dominam o Ceará faz tempo e a fala dele realmente é coisa de dono de engenho tentando colocar um negrinho no seu lugar", disse Holiday em 2018, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Em 2016, o MBL chamou de "racismo nojento" um texto do filósofo Paulo Ghiraldelli com o título "O neguinho do DEM".

Em outubro de 2021, ele disse ter sido chamado de "pretinho de merda" por um assessor do vereador Toninho Vespoli na Câmara Municipal de São Paulo, o que foi contestado pelo psolista.

Holiday diz à coluna que o simples uso do termo "neguinho" por Bolsonaro não implica em preconceito e que enxergar discriminação nesse contexto é uma "tentativa vil, baixa e mesquinha de atacar a candidatura" do presidente.

"É preciso que se analise o contexto e a intenção, que no caso era receptiva. O presidente estava me abraçando ao me rever após mais de cinco anos do último encontro presencial", afirma.

"O preconceito é necessariamente da intencionalidade. Nos casos anteriores, a intenção era agredir e ofender. No caso do presidente, era uma recepção calorosa entre pessoas que estão unidas", completa.

Como mostrou a coluna, Holiday decidiu deixar o partido Novo e se filiar ao Republicanos.

Após críticas duras a Bolsonaro nos últimos anos, a quem já se referiu como burro e corrupto, o vereador decidiu apoiá-lo contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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