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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Malafaia chama Lula de dissimulado por carta a evangélicos

Marco Feliciano compara o texto ao beijo de Judas Iscariotes em Jesus Cristo antes de sua prisão

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Para o pastor Silas Malafaia, a carta divulgada nesta quarta-feira (19) pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) direcionada ao eleitor evangélico é "mentirosa, inescrupulosa" e feita para "enganar os evangélicos".

"Eles estão desde o primeiro turno brigando por causa dessa carta. Sabe por quê? Porque vão ter que mentir, vão ter que dissimular", ataca.

Entrevista exclusiva com Silas Malafaia, pastor protestante neopentecostal brasileiro, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. (Foto: Eduardo Anizelli/ Folhapress, POLÍTICA) - Folhapress

O pastor afirmou que vai gravar um vídeo a ser divulgado no final da tarde mostrando as contradições do petista, evidentes na própria carta.

"Eu nunca vi o Lula citar um trecho da Bíblia, e a carta está cheia de trechos. Um candidato que não é evangélico ou que não é um católico praticante, ou que não está familiarizado com a Bíblia, não pode fazer uma carta citando um monte de versículo". Segundo ele, é achar que o evangélico é "otário".

Silas é um dos religiosos mais próximos do presidente Jair Bolsonaro (PL). Recentemente, acompanhou o presidente em uma viagem ao Reino Unido, para acompanhar o funeral da rainha Elizabeth 2ª.

Outras lideranças evangélicas do entorno de Bolsonaro também criticaram a missiva.

Para o deputado federal reeleito Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o documento não é suficiente para diminuir o apoio de Bolsonaro no segmento evangélico. Ele reconhece que o petista deve ter cerca de 10% a 15% do voto do segmento, mas duvida que os demais se sensibilizem com os compromissos estabelecidos por Lula.

"Ele escreve uma cartinha aqui e não alteram nada no estatuto do PT. Continuam com a essência de confronto com os cristãos, defendendo LGBTQIA+ e o aborto", diz.

O estatuto do PT estabelece como dever dos filiados combater todas as formas de discriminação, inclusive a discriminação por orientação sexual, ou a religiosa, mas não faz nenhuma menção a aborto.

Sóstenes afirma que faltou à carta Lula ter tido a humildade de reconhecer seus erros em relação ao escândalo dos desvios na Petrobras e ter perdido perdão.

"Reconhecer um erro e pedir perdão é uma virtude do cristão", diz. Ele contrapõe a postura à de Bolsonaro, que nesta semana pediu perdão por uma fala sobre meninas venezuelanas que foi interpretada como associação à prostituição.

O deputado Marco Feliciano (PL-SP) vai na mesma direção. "Lula poderia ter sido honesto, assumir os erros que cometeu com nossa comunidade. Assumir que apoia o aborto e a descriminalização das drogas. E não mentir dessa forma. É um descarado", sustenta.

Ele ainda o compara a Judas Iscariotes. "Antes da prisão e crucificação de Jesus, Judas o beijou. A cartinha de Lula é uma contradição com toda a sua história. O povo evangélico não será enganado", completa.

Lula distribuiu na manhã desta quarta-feira (19) sua carta de compromisso com os evangélicos. O documento foi entregue a lideranças de dezenas de denominações do segmento.

No documento, Lula afirma que respeitou a liberdade religiosa nos oito anos em que esteve à frente da Presidência da República e destaca que assinou leis e decretos em apoio a conquistas do povo evangélico, como o que criou a Marcha para Jesus e o Dia Nacional dos Evangélicos.

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