Pela primeira vez desde a redemocratização, o MDB não terá a maior bancada no Senado. A partir de 2023, entregará o posto para o PL, que ocupará 14 das 81 cadeiras, 5 a mais do que na última legislatura.
O resultado jogou o partido para o quarto lugar, atrás de União Brasil e PSD, cada um com 11 parlamentares. O MDB agora terá 10.
Senadores emedebistas, de onde veio grande parte da oposição à candidatura presidencial de Simone Tebet (MS), atribuem à colega o desempenho ruim nas urnas.
Um dos argumentos usados pelos contrários à campanha presidencial de Tebet foi justamente o de que candidatos pouco competitivos ao Planalto tendem a dificultar a eleição de deputados e senadores aliados.
Umas das consequências da nova composição será a perda de protagonismo na escolha do próximo presidente da Casa. Bolsonaristas já se movimentam para cacifar um aliado, como a senadora eleita Tereza Cristina (PP-MS) ou Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente.
Segundo o MDB Nacional, é falso que Tebet tenha prejudicado vitórias para o Senado, cujas candidaturas obedecem a estratégias e composições sob responsabilidade dos diretórios estaduais.
O partido afirma que a tese é "ainda mais falsa quando observamos o resultado da Câmara, onde o MDB aumentou suas cadeiras de 34 para 42, tornando-se a quarta maior bancada".
O MDB diz ainda que é quase certo que ganhe novos filiados no Senado, podendo se manter como a maior bancada na Casa.
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